osso

Osso 

Osso tenebroso enverga e Salta na perna de um corso

Dobrados fincados em torro milenares

 Abaixo da sombra do colosso dos vales de   ossos secos

 Osso colado osso, curado sustentando

 O corpo horto do tempo e medulas para a raridade.

 

sol que segue

Sol que segue

Quando o sol surge e segue em céu de aflições terrenas

Era dia era tarde envolveu calor o trilho e trem que segue

 Trilho dilatado condutor da força segue em céu e terra

Segue seu brilho, povo apresado, calor do dia da tarde.

Segue trem terrenos segue braços e vagões de aflições terrenas

Banhou o trem o sol da esperança.

 

andarilho

Andarilho

Minhas sinapses cerebrais pulsavam igual um sapo

Quanto mais eu andava na ciclovia da BR-116

 Mais neurônios e axônios se dilatavam

Em velocidades de carro velho e carros novos

 Quanto mais eu andava eu encontrava a cura

 Em estradas que se acabavam e iniciavam a cada passo mentais

Interminavelmente rodoviários.

 

ressentimento das massas

                                             Canto 01   

Acho que minha poesia é um canto frustrado de cantor  exilado , frustrado por não poder cantar em seu próprio país, sem poder crescer, sem poder cantar, é zumbido de turbinas de avião é pássaro que cantou com o coração é ritmo de savanas tripulado por heróis afro-resistentes é souto no ar é cacofonia de brincantes no horizonte é dor por trás de um sorriso alegre .

                                               Canto 02    

profeta

Profeta

 Enfada-me por traduzir pensamentos alheios

Enfado-me por não os dizer

Enfado-me por tê-los em cima dos cumes

Dos montes silenciosos

Eu só quero mesmo e dize-los de forma amável

Que de teus alheios são também meus por tê-los.

 

 

genoves

-           Genovês

Bárbaros germânicos esfacelam a Pax Romana

Pax das Armas embriagado em sangue homérico

Pretorianos quem semeia sangue colhem armas.

Paquidermes de madeira

Cruzam as caudalosas espumas do atlântico

Não tenha medo navegador genovês

Pois já foi destilado o veneno do basilisco

O litoral é belo e seminu

Paraíso extremamente Belo paradoxal

 

lagrima

De todo líquido de olho seco de pólvora

Irrigam emoções, lavas coração, do mar salgado bombeia motivo sincero.

Entre artérias movimentas corpo vivo, rosto ruborizado vivido, emoções nos olhos secos da Pólvora da Guerra

Todo líquido irriga lágrimas. 

 

o catador

                                                O catador

Entre músicas natalinas que escuto distante, perto estou de um lugar ermo.

Onde minha mão rasga saco de lixo preto, chorume do perfume da produção industrial.

Esperando achar a origem do consumo adoecido, minha mão rasga por dentro mina flexões da mente que, vasculha por fora, quem vomitou todo esses pensamentos febris e alucinados em cima de nós, quando foi o dia da semana que perdemos a sanidade, onde está a causa do meu apetite insano.

terra

                              Poesias para o dia da mãe terra.

 

Amargo ver a geografia torpe das cidades banhadas de sangue inocente, de mãe que quebra artéria de refluxo fluxo.

Morte de seus filhos para vender em jornais de meio dia, serventia de assuntos populares, qual será a mentira vendida. Usurpada, colhida em terra em transe.

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