terra

                              Poesias para o dia da mãe terra.

 

Amargo ver a geografia torpe das cidades banhadas de sangue inocente, de mãe que quebra artéria de refluxo fluxo.

Morte de seus filhos para vender em jornais de meio dia, serventia de assuntos populares, qual será a mentira vendida. Usurpada, colhida em terra em transe.

templo

A parede que coloquei minhas mãos é de puro branco. Carne de fruta em inércia vivida sem tédio.

Amor tátil sentido com mão e coração de um puro irmão. Amor por poesia que varria pétalas sedosas em um chão incrivelmente límpido.

Paredes peroladas em ângulos duramente belos e resistentes, as cores do salão são as cores que são marcadas nas digitais das mãos.

As paredes do templo seguem em um vasto campo, não me sinto oprimido por sua extensão, nem muito menos preso em sua imensidão.

gravidade

                   Gravidade

Caio com nervos e tendões e dois pés

Sobre objetos que louvam o elemento terra

Poeira no espaço entre elas meu cisco de areias  e partículas de minhas mentiras

Não posso negar a gravidade que me sustem, tão solido tão liquido tão gasoso.

egoico

Egóico 

O desejo de querer ser grande se fez pequeno, esmagado por outra pedra sedimentada que gravita minha humildade sendo fuzilado por pistola nazista, dores urbanas sendo expurgados por crucifixos de mármores em lugares Solitários,

Avanço com um turbilhão de pensamentos, a calma do Lexotan controlou a criança mendiga de rua do meu eu, egos congestionados em fluxos duplos da avenida principal.

Eu era o último da fila do filme do cinema, que exibia dois filmes, O herói do nada e o Suicídio do soviético.

colonizou a si mesmo

O Batel vem deslizando em águas mansas divide a espuma branca no breve chuá, onde a brisa Mansa me Remansa   e se faz sonhar.

Chego de olhos vermelhos lagar para colonizar minha própria terra onde nasci e vivo a remar.

 No poente ainda que escuro sol velam por nós em âmbito igual mesmo que casuais estrelas cativas que giram pelo poder de uma estrela colossal.

arvore de pórfiro

Atenção homicidas de plantão matei uma barata, corpo maquina Quase nada de substância, nada de remoço nada de nada. É tão divertido quanto à nanotecnologia da aranha robótica, Corpo maquina esmagar robôs, quebrar maquina sonho ludista, quebrar um carro por inteiro.

Matei um cachorro, mais completo de substancia, mais completo de importância, um ato substancial um ato sub-bestial. Engraçado o dog. Abanava o rabo demostrava afetividade, corpo maquina, afeto corpo, saudade Corpo tristeza.

Gustave

Gustave

 

 No substrato psíquico comum

Eu vi um golfinho nadando na Grécia do meu coração

Minhas lagrimas translucidas

Viram animais correndo na relva

 Sua silhueta ficava mais belas no movimento da luz arquetípica

As estrelas do meu próprio destino jazem em meu peito

Ele bate feliz.

 

A gloria do poema

A glória do ferido

Arames oníricos tecem minha coroa de espinho paranoide, eu achava que iria unir o céu e a terra, só me restou a sorte.

Farpas afiadas saem de olhares sem consideração, minha boca cospe balas de prata que acerta o vampiro chauvinista.

Grande mar de solidão olhares invernam minha alma, carrego Cruz Rubra de sangue Cruzado escorre nele lâminas que reflete pernas pornográficas. Tragam-me a cabeça de João Batista. A glória do ferido.

 

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