Ciumes

Tenho ciúmes

do chão que pisas

das palavras

que não me dizes

dos carinhos

que não me fazes

dos olhares

que não me diriges

dos caminhos

que percorres sem mim

do tempo

que não tenho contigo

tenho ciúmes

e amo-te

por tudo o que tenho

e não tenho contigo.

Tempestade da alma

Lá fora, o sol brilha

E eu perdida nesta sala

Mobilada de imobilidade.

Há em mim silêncios,

Memórias de tempestades

Que me fazem perder o rumo

Apenas consigo imaginar o azul do Céu

Minh `alma errante, procura-me

Não sabe que estou encurralada

Estranho-me incessantemente!

No reflexo da água deste rio

Que corre adormecido em mim

Há fantasmas que me limitam

A angústia domina-me

Guiada pela minha própria sombra.

Entre o papel e a caneta

Há um mistério que não sei decifrar

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