História de uma carta

Achei uma carta chamada anônima
Jogada num canto de uma casa abandonada
Fui lendo no meio da estrada
Quanto mais eu ia, mais eu ficava
Me prendia na carta daquela casa abandonada
No meu rosto escorria uma lágrima
Na palma da mão uma carta
Na outra mão um vazio
Sinto por dentro um frio
No meu corpo dá calafrio
A história de um amor sombrio
Quem viveu, que sofreu, quem sentiu
Mais um casal que partiu
E ela já não está mais aqui
A casa abandonada era minha
E a carta fui eu quem escrevi

Sacrifício ou Semântica

Aguentamos todo, qualquer sacrifício, desvalorizando a dura semântica?

 

Sátira que nos calha como que nos atira para outra estática que aguentamos!

Arma que criamos, assim, noutro karma e noutro todo:

Criar é como escrever ou amar um mundo qualquer?

Rima que num dia mostra tudo, como que estima sem sacrifício!

Imitar, como todo o nexo, feito rito, sem desvalorizando:

Foco que tomamos, sem dar um troco a...

Isco que procuramos, como todo o risco ou pedra dura

Ocaso que acontece, mostrando o acaso de toda a semântica!

Amar no Mar

Amar no Mar

Vem…
Desvenda meus segredos
meu amor um carinho
toque devagarinho
Da maneira que sabe amar
Mas não faz resistência
E deixa abraçar
Igual ao mar quando
Abraça a areia
Levando e trazendo
A espuma de sal
O sal do desejo
Com seu sabor
Seu cheiro de amor
Do ir e vir
Como o mar
Abraçando a areia
Beijando com amor
Assim como eu a ti

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