Amor
Há tanto de ti em mim
Autor: Dora Paulo on Tuesday, 6 February 2018Deixa girar o mundo
Autor: Dora Paulo on Tuesday, 6 February 2018deixa girar o mundo
abranda-o só para que eu possa descer nele
tudo é, tudo foi, tudo será
o nada acontece no tudo, o tudo no nada
deixa girar o mundo, aquieta-o apenas de tanta turbulência
no teu olhar me detenho
como uma fábrica de sonho
ante a lembrança de um momento feliz
daqueles que só tu provocas porque és feito de matéria rara
És lindo
Autor: Dora Paulo on Tuesday, 6 February 2018Fica sabendo que reúnes em ti todos os pedaços de beleza do universo. Construi-te com a força das escarpas, com a leveza da espuma do mar, com o brilho do sol que se reflete na água prateada deixando um mar de pequenas estrelas cintilantes. Acrescentei-lhe a intimidade do tempo e a dor da ausência que habita o coração das rochas milenares. Embebi a tua pele em sumo dos limos salgados, fabriquei os teus músculos com as ondas do mar revolto, e nos teus olhos acordei a memória do universo.
A tua beleza está no meu desejo, nos meus olhos, na minha peculiar forma de te amar.
A tua ausência dói-me
Autor: Dora Paulo on Tuesday, 6 February 2018
dar-te-ia um suave beijo na pele que és tu
mas estás ausente
e a tua ausência dói-me
não há saudades mais dolorosas
do que as das coisas que nunca foram
tenho um mundo de palavras dentro de mim
com vidas próprias, reais, definidas e imperfeitas
tão imperfeitas quanto a minha condição de ser errante
que te quero oferecer
Tirem-me tudo, excepto a memória do teu rosto, morreria feliz...
Autor: Dora Paulo on Tuesday, 6 February 2018APENAS UM FIM
Autor: Orlando Martins on Sunday, 4 February 2018APENAS UM FIM
Quando juntos, juntinhos lado a lado,
Trilhámos rumos, sonhámos acordados
Cantando o amor em silêncio imaculado
Como imberbes peregrinos degradados.
Quando ao de leve os dedos se tocavam
Em cálidos murmúrios sussurrados,
Enlaçados em palavras que sobravam,
Calavam os gritos dos beijos desejados.
Mas um dia entre nós um frio soprou,
Embalado em ventos do norte agreste,
E tal como morte lenta se impregnou
Nas professas ilusões que me fizeste.
Vírus de Amor
Autor: Paulo Fernandes on Monday, 29 January 2018Por Vênus corpos imantados de prazer
Atraem pelo belo facto do amor
Enlouquece a carne de desejo.
Faz do sangue cálice espumante de fervor
Desvaira a alma
A sede aparentemente insana cessa no doce suor
Que nos prende faz do corpo escravo.
Vai-vem enigmático
Que nos cela em paradoxo.
Corpo ou alma?
Gelo ou calor?
E mais tarde…
Quando a emoção é tanta os corpos explodem
E a gigante ação desfaz em gozo.
E mesmo ainda sem entender nada