Por tudo
Autor: Diana Santos on Monday, 27 June 2016
Por tudo o que já vivi, já senti,
Por tudo o que não tive, que sofri.
Por tudo o que sonhei, imaginei,
Por tudo o que amei… já nem sei.
Por tudo o que já vivi, já senti,
Por tudo o que não tive, que sofri.
Por tudo o que sonhei, imaginei,
Por tudo o que amei… já nem sei.
Áh este mundo de portas abertas!
De sonhos e labirintos .
Doce como mel, amargo como fel.
Abrindo estes braços me chama
Mas sinto adagas cortantes em suas unhas de pés e mãos.
Áh mundo! Doce como mel!
Traiçoeiro como o cão.
Teus olhos brilham em minha direção.
A desilusão da ilusão
Grita dentro do ser,
Abafando o coração
Que permanece a gemer.
Já se passaram tantas sextas e segundas.
Folheei as páginas da Vida
A um ritmo alucinante
Sem ler a história contida,
Sem saborear o instante.
Saio por aí sacudindo a poeira do corpo.
Limpando o mofo, arrumando as gavetas.
Tudo tão vazio e ao mesmo tempo tão cheio de mim.
Nesta casa em que habita minha'alma abro portas e janelas.
Que a esperança e bom tempo possam entrar por ela.
Na Vida me perdi,
Na deriva me encontrei.
Foi por me entregar a ti
Que a mim atraiçoei.
Há sempre ondas que regressam às origens
E ninhadas que temem de voar.
Há sempre sonhos repletos de vertigens
E pés que não ambicionam caminhar.