Viciante Solidão
Autor: Diana Santos on Wednesday, 11 May 2016Vazios vão sendo preenchidos
Pelo Tempo e pelo Amor,
Que correm fugidios
Do Passado e da Dor.
Vazios vão sendo preenchidos
Pelo Tempo e pelo Amor,
Que correm fugidios
Do Passado e da Dor.
Suspiro
E que a dor que nos uniu, perdure.
Pois se matou, mantém viva a nossa chama.
Admira-me a tua dor, a tua força.
O teu jardim de negros ciprestes perfumados.
Que eu não consiga já viver sem ti,
Que a morte sem ti a meu lado, me tormenta.
E quero-te no meu último suspiro.
Toda manhã acorda ela as coisas mais belas do dormir,
Ela ama chorar lágrimas alegres quando fala da outra rua do amor
Com sons de cordas e baixos resmungões
Com teclados dançando nos jardins
Junto às flores com nomes e letras de músicas,
É uma canção e um lar.
Dos livros voam os sonhos
Nas conversas... Longe! até o tardar
Velejam, flanam algumas poesias.
ESPUMA DO TEMPO
Na crista de espuma de um ciclo sem fim,
Em ondas de saudade que o tempo penteia.
Perguntei ao mar se me levava a outro lado.
E o mar, escorrendo no seu frenesim
Lágrimas de sal, que ao vento presenteia,
Em gotas de odor, num rosto inebriado.
Velas solitárias, balouçam a vaguear
Nas vagas do sonho que não morre
Nos tempos nostálgicos e desnudos.
A saudade deixa-se beijar,
Pelo desejo que em mim percorre.
No silêncio dos meus gritos mudos.
João Murty
Nesta xícara de café preto o olhar suplica aos
Adros num amarelidão
Dos dias que voltaram à baila
E como as coisas ainda estavam,
Estávamos no barato e sem preço do dia.
Alcançamos por cá,
Por cá, com o retorno das chuvas
Tornei a escrever-te no meu regar de lilases
Com muitas beldroegas forrageais
Só que tudo ao que termina pede,
De fora ouve-se o chamar deste monte,
Nos ecos sussurrantes falando.
As letras pobres e tristes vieram,
Viemos no caro e alto custo da vida.
Chamo-te no pensamento
para dentro de mim.
Envolvo-te no alento
do princípio do fim.
Pressinto o teu olhar,
o toque da sedução.
Saboreio o beijar
quente da perdição.