Serafins tristes
Autor: Adriano Alcantra on Sunday, 1 May 2016A rua vinha com gosto de brisa e desejo na vista,
Era de ir o tempo quebradiço,
Acolá foi desenhado a lápis, à mão
Após o depois, veio o agora com tinta
E um bocado de cor.
Só que impossível largar as lágrimas de cristais,
Os diamantes líquidos,
As sedas de prata
No transparente vidro de ar
Que não impede minha caminhada de quem
Flutua quando lê.
Pula debalde
Na esquina um alemão,
Noutra, eu,
Eu, um outro,
Nisto, estão
Estão, este pouco
E o mais de mim.