Geral
Aqui jaz o que um dia nós fomos
Autor: Marcos Alves on Wednesday, 3 September 2014Paredes descascadas invadidas pela Noite vadia
Que se esconde e chora nos cantos da casa que outrora fora sadia.
Caíram as lascas de madeira velha e o folheado enferme,
Como lágrimas secas do Vento que suspira na colina
Sobre a casa que lá na encosta fica
E que tragicamente viu ser traçada a sua sina.
Por castigo dos Deuses ou mão dos Anjos,
Assim foi determinado o nosso Fado
Condenados à fatalidade cruel
De não poder viver o amor que nos fora prematuramente retirado.
Aqui jaz a casa que então se mantinha erguida,
Zumbidos
Autor: CharlesSilva on Tuesday, 2 September 2014Zumbidos
Há zumbidos na floresta, há vozes, há risos, há pássaros em revoada
Há seios desnudos, há alguém que se gosta, há flores, há frutos ao chão
Há homens, há bichos, há pegadas, há vento passeando por entre as pernas
Há um tempo tênue na floresta, há um dia límpido, há sombra das nuvens
Há moradores na floresta, a fauna e a flora moram lá, há criaturas lá
Há espíritos lá, embora tu só vejas o teu, há zumbidos lá
Charles Silva
Cartas de Amor
Autor: CharlesSilva on Sunday, 31 August 2014Como assim terráqueos ?
Autor: CharlesSilva on Sunday, 31 August 2014CORAÇÕES ENFERRUJADOS
Autor: CharlesSilva on Saturday, 30 August 2014Ego Subjetivo
Autor: CharlesSilva on Wednesday, 27 August 2014Ego Subjetivo
Egocentrismo é o meu mais novo inimigo, é antigo como uma cicatriz de infância. Ei de enfrentá-lo pelo bem do resto de mim. Não quero esse incômodo trejeito personal. Porque personalidades se lapidam desde que se conheça suas raízes fincadas no âmago. Antes de combater a outros, limpo-me da minha própria subjetividade.
NARCISO
Autor: Arlete Klens on Monday, 25 August 2014Ela caça outro.
Autor: Rúben Branco on Friday, 22 August 2014Tem sempre de estar tudo bem
Até mesmo quando nos vão à carteira
Até mesmo quando nos apanham de maneira
Que fiquemos à beira dum vai e vem
No prato de jantar não tem lagosta
Ela gosta mas o gosto eleva o gasto
O gajo não pode gastar, embora casto
E vende a alma a qualquer monstra
Ela, por sua vez, mostra que se importa
E pede para importar o presente para lhe dar
Ele bate com a porta e parte por hora
Agora, a gaja gasta o que ele foi deixar
A Se ?
Autor: CharlesSilva on Thursday, 21 August 2014A se ?
Se eu fosse marinheiro, eu singraria os mares e atracaria em porto estrangeiro, beberia vinho tinto nas tabernas portuárias. –
Se eu fosse aviador, eu transporia as cordilheiras para voar junto a um Condor, pousaria suavemente no rio negro, no meio da Amazônia. –
Se eu fosse mergulhador, eu vasculharia o fundo oceânico da Antártida no atlântico Sul, em busca da mais Linda pérola. –
Se eu fosse astronauta, eu contornaria a lua em direção as estrelas, e nos anéis de Saturno fincaria a minha base. –