Geral
RETOMANDO O RUMO
Autor: FERNANDO ANTÔNI... on Tuesday, 30 August 2022
reler a luz
provisória dos esboços
como se apura
o pus
nas feridas das trevas
-paisagens difíceis
entre cipós revoltos
(como ninho de najas)
a confundir
o mérito desses versos
com incontestes
desvios de rumo
em que o poeta
se supera e retoma
o mérito
de não recuar
à sua pretensão
de esteta de palavras
e pacato artesão
ISENÇÃO
Autor: FERNANDO ANTÔNI... on Tuesday, 23 August 2022
no solo
soterra-se toda
edificação
na orla do mar
só há erosão
no ar paira apenas
a vocação do voo
-por que tem que ser assim
se se requer somente isenção?
No dia em que eu nasci
Autor: Diana Patrícia ... on Monday, 22 August 2022Teopoesia
Autor: Reirazinho on Sunday, 21 August 2022Um minuto sem escrever
É como um sono perene,
Pesadelo em que morrer
É estar sob o verso solene,
Os filósofos acordaram
E abriram a única fenda,
Iluminando e mataram
O sacrifício da oferenda.
Ritos para Deus,
No qual se glorifica
O último sagrado adeus,
Despedindo-se da poesia.
Minha poesia não é para você
Autor: Reirazinho on Thursday, 18 August 2022Esquecido
Autor: Reirazinho on Thursday, 18 August 2022POEMA É A LUZ QUE BRILHA LÁ NO CÉU...
Autor: DAN GUSTAVO on Wednesday, 17 August 2022Progênito
Autor: Reirazinho on Sunday, 14 August 2022Criador das circunstâncias
Estarei aqui quando partir.
Para criar novas mazelas,
Gozarão da vida e sumir.
É uma pena que seja assim,
Eu te amo, mas a morte, não.
Criar é matar, existir implica sorrir,
Porém, o brilho do afago apaga.
A quem escrevo está presente
Permanente na torrente:
Na cachoeira é existente.
A pedra no caminho é o acaso
E o estrondo no solo: o tempo
A nadar no naufrágio da morte.
O fogo que arde sem se ter
Autor: Reirazinho on Friday, 12 August 2022Ardendo sem se ver,
O fogo então apagado,
Putrefação não vai ter,
Nem será queimado.
O caixão é invisível,
O defunto, é o pó,
Voando e destemível,
Sozinho, sozinho, só.
Eterno éter a vagar
Numa noite fúnebre.
Fantasma a malograr
O terreno insalubre.
Se o amor é fogo
E arde sem se ver,
Morre lá no lodo
Chafurda sem se ter.