Geral

Vida

'" Vida"
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Oh dor! Oh vida!
Complicada, descabida
Inteira ou dividida
Pesada mal resolvida
Impropria, proibida
No contexto inserida
Concebida e parida.

Nereide

Eva

" Eva"
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Eva cheia de mágoa
Eva sem sua anágua
Eva cheia de solidão
Eva que luta e clama em vão
Eva de voz embargada
Cantarola a melodia embaçada
Eva sem vaidade
Sem graça e...sem idade.

Nereide

O futuro

Não cultivar o falso trigo para o futuro
Será sem grandes expectativas, a era é incerta
Viver o hoje porque o perverso caminho é duro
O futuro dorme para os justos e o joio desperta

Não planejar antes desfrutar do santo pão
Não fugir antecipadamente da abençoada luta
Apagar o passado de trevas, caminhos de ilusão
Soldado revestido de bravura e fé, fiel conduta

Não desejar antes, o mundo mal vencer
Pois soldado despreparado e desarmado
Na batalha pode não ter sorte e morrer

Negra tinta...

Não sou poeta nem escritor

Deito apenas tinta para o papel

Tinta negra como o sangue da minha dor

Por esta pena que é vesícula do meu fel

 

Este sangue escuro, frio e negro

Como tão negra é esta alma minha

Negra a tinta com que escrevo

Coisas desta alma daninha

 

Tão negra tinta em fio espesso

Grosso caudal em rio de lama suja

De tantos pecados que por ele correm

 

Não sou escritor que há glória fuja

Nem poeta dos que sem glória morrem

desabafo...

Conheci a rima na ponta de uma caneta

Já não sei se vermelha, azul ou preta,

Mas tão leve como uma borboleta…

Da pequena esfera fluía.

Fugaz e ligeira me escorregava,

A rima solta na tinta que entornava,

E que livre se formava…

No papel onde caía.

 

Até que “vagabundeando” por aí…

Poemas de merda me gritam,

Com versos cheios de nada.

Frases compridas que de tão ocas se agitam,

Repletas de palavras vazias em boca desfraldada.

Pétalas coloridas em flores sem cheiro.

Palavras soltas...

Vou só escrever palavras soltas,

Vou Com elas dar umas voltas,

E Quem sabe por aí possa-me encontrar…

Numa retórica empolgado,

Num romance editado,

Ou numa prece…a rezar!...

Quem sabe não me ache numa esquina,

De um texto sovina,

Sem sentido, sem nexo…

Depois de um traço ou travessão,

Numa carta escrita à mão,

Ou sob um acento circunflexo!…

Talvez sentado no acento de uma rima rica,

Isolado que entre aspas fica,

Ou entre parêntesis numa explicação…

no começo do exercicio

Com quadras leves comecei,

E para os seis versos me voltei,

Neste formato que mais me agrada.

Faço Rimar A/A + B

E também com B, termino C/C,

Numa escrita mais cantada.

Assim, deixo voar o pensamento,

Digo que voa nas asas do vento,

E sai-me outro terceto…

Mas foi só metade ainda

Falta-me outro que finda

Mais este outro sexteto.

 

Ou seja,

Rebolo as palavras na minha mão,

Digo que sim pensando não,

E tenho uma rima a preceito.

Não estou triste, tenho saudade;

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