Geral

Foi bom

                   Nosso amor foi passageiro

                  Um sopro apenas vivido

                  Que pena meu querido

                  Foi como o vento rasteiro.

 

                   Levando nossos dias felizes

                  Nosso beijo

                 Todo carinho e o ensejo

                 Jardim de flores e suas matizes.

 

      Nereide

Estava

 

                      Tão  enleva  estava

                      Que  não  percebi

                      Aquele  que mais amava

                       Nunca    me  quis!

 

   Nereide

Vida

'" Vida"
**********
Oh dor! Oh vida!
Complicada, descabida
Inteira ou dividida
Pesada mal resolvida
Impropria, proibida
No contexto inserida
Concebida e parida.

Nereide

Eva

" Eva"
****************
Eva cheia de mágoa
Eva sem sua anágua
Eva cheia de solidão
Eva que luta e clama em vão
Eva de voz embargada
Cantarola a melodia embaçada
Eva sem vaidade
Sem graça e...sem idade.

Nereide

O futuro

Não cultivar o falso trigo para o futuro
Será sem grandes expectativas, a era é incerta
Viver o hoje porque o perverso caminho é duro
O futuro dorme para os justos e o joio desperta

Não planejar antes desfrutar do santo pão
Não fugir antecipadamente da abençoada luta
Apagar o passado de trevas, caminhos de ilusão
Soldado revestido de bravura e fé, fiel conduta

Não desejar antes, o mundo mal vencer
Pois soldado despreparado e desarmado
Na batalha pode não ter sorte e morrer

Negra tinta...

Não sou poeta nem escritor

Deito apenas tinta para o papel

Tinta negra como o sangue da minha dor

Por esta pena que é vesícula do meu fel

 

Este sangue escuro, frio e negro

Como tão negra é esta alma minha

Negra a tinta com que escrevo

Coisas desta alma daninha

 

Tão negra tinta em fio espesso

Grosso caudal em rio de lama suja

De tantos pecados que por ele correm

 

Não sou escritor que há glória fuja

Nem poeta dos que sem glória morrem

desabafo...

Conheci a rima na ponta de uma caneta

Já não sei se vermelha, azul ou preta,

Mas tão leve como uma borboleta…

Da pequena esfera fluía.

Fugaz e ligeira me escorregava,

A rima solta na tinta que entornava,

E que livre se formava…

No papel onde caía.

 

Até que “vagabundeando” por aí…

Poemas de merda me gritam,

Com versos cheios de nada.

Frases compridas que de tão ocas se agitam,

Repletas de palavras vazias em boca desfraldada.

Pétalas coloridas em flores sem cheiro.

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