A TEMPESTADE.
Autor: Alexandre Herculano on Monday, 3 December 2012Sibilla o vento:--os torreões de nuvens
Pésam nos densos ares:
Ruge ao largo a procella, e encurva as ondas
Pela extensão dos mares:
A immensa vaga ao longe vem correndo,
Em seu terror envolta;
E, d'entre as sombras, rapidas centelhas
A tempestade solta.
Do sol no occaso um raio derradeiro,
Que, apenas fulge, morre,
Escapa á nuvem, que, apressada e espessa,
Para apaga-lo corre.
Tal nos affaga em sonhos a esperança,
Ao despontar do dia,