Geral
Porque é setembro
Autor: Marilia Clara vieira on Sunday, 1 October 2017Porque setembro!
Quando Ninguém Mais Te Vê
Autor: André Claro on Saturday, 30 September 2017Sentado na calçada,
Reconheço todos que passam.
Alguns nunca voltam,
Outros estão muito animados,
Muitos, nervosos ou impassíveis,
Todos me são familiares.
Nas suas costumeiras idas e vindas,
Às vezes me jogam uma moeda,
E nem percebem,
Muito menos me reconhecem.
A cidade, de novo, é pequena,
Fui embora, mas voltei,
Depois de alguns meses.
Nem minha filha — nem minha esposa
Sabe que quem está ali, à paisana,
É aquele por quem elas muito procuram.
Aliás, não procuram por mim,
Insônia
Autor: Hugo Silva on Wednesday, 27 September 2017½ Copo Cheio, ½ Copo Vazio
Autor: André Claro on Wednesday, 27 September 2017Pendura
Autor: André Claro on Saturday, 23 September 2017Como se fosse meu café da manhã,
Tomo uma pinga,
Que queima minha garganta,
Mas seda os perigos.
Estamos eu e o dono do bar do interior
De Minas.
O bar ainda meio “abrido”,
E eu já entrando primeiro que o vento frio.
O mesmo vento que balança as árvores na praça do centro,
Corta na rua as poucas almas vivas.
Tomo outra pinga,
Agora para calar meu fígado,
Esquecer de dilemas rascantes,
Da mulher que se foi,
Do emprego que não vem,
Dos sessenta chegando,
Quem Era
Autor: André Claro on Friday, 22 September 2017O mundo está em guerra
Autor: Michel Willian on Wednesday, 20 September 2017O mundo está em guerra,
mas a paz reina na terra,
as madames em seus lares
ainda escrevem sobre o amor,
enquanto escrevem sobre o amor,
estou escrevendo sobre a dor.
Escrevem sobre o amor próprio,
escrevem sobre o amor perdido,
enquanto o mundo está em caos,
tornando seus jovens mais frios.
Neste mundo que se desfaz
nos corações não encontra paz,
e eu estou a escrever
sobre a dor, sobre o que sei,
e eu estou a escrever
sobre a dor e sobre a paz.
Os Ventos Rudes
Autor: André Claro on Tuesday, 19 September 2017O vento acabou,
Os lenços que sobraram,
Foi de quem não chorou
Quando o vento soprou.
Um sopro que me trouxe
Um bater diferente
Em meu coração,
Que ora falha,
Ora pede clemência.
Depois do vento,
Falta-me ar,
Falta-me vida,
Falta minh’alma opulenta.
O vento se fora.
Se ventar, será um novo vento,
Não aquele mesmo,
Que te trouxe e levou embora.
Ou seja: um outro vento,
Que me fará dispensar tudo,
Até mesmo lenços.