Catarse
Autor: Paula Pereira on Wednesday, 24 March 2021Livremente circulas
Captas a onda abraçada
Num ápice de calor que foge da dor
Conectar com o mar inspirar amor e não de dor
Que acalenta o entusiasmo e abraça a natureza como fortaleza
Livremente circulas
Captas a onda abraçada
Num ápice de calor que foge da dor
Conectar com o mar inspirar amor e não de dor
Que acalenta o entusiasmo e abraça a natureza como fortaleza
bens de supérfluo valor...
algemas de perversa dor...
são facetas de mesmo alcance
na supressão dele: o transe
decorrente da contemplação
da realidade múltipla
que se alinha ao ritmo pausado
de um simples vislumbre:
-o que será feito da vida
após se perceber a inutilidade
dessa construção do real
diante da falácia de sua descrição?
tantas coisas ao redor dos sentidos
que negligenciamos
uma óbvia conclusão:
está contido em nosso interior
o gênesis de tudo
Para sermos menores
Hoje o invencível tornou-se ultimo colocado,
Hoje postura de combatente condecorado,
Juntou -se ao seu pais derrotado .
Para sermos maiores um palmo de uma criança
Hoje o mundo se desencorajou do amor, esperança
Onde há mais felicidade em receber uma grande herança
Amigo leitor, quero informar
Esta é uma antiga dor a analisar
Descarte um resumo pessimista, e voz a gritar
Hoje estou tatuando e sempre o coração a relembrar
Nadinha desta vida mesmo,que com sacrifício conquistei vou levar
há poetas que endereçam os seus amplexos através de recitações que derramam os versos selecionados pela sua engenhosa natureza; ou que pronunciam o homem novo no solo fértil duma diversa organização.
QUERER
Repousa em sossego o meu querer,
Querer, também, tem o seu repouso,
Repousar não quer dizer morrer,
Porque, sempre que eu quero, também, ouso.
E esta nossa vida é uma ousadia,
É um querer o que se não conhece,
É somar uma noite com o dia,
Enquanto, esta vida acontece.
A diferença, está, só, no querer,
realizo experiências que amadurecem os meus anseios; que evoluem como páginas abertas das reflexões que sufrago; que promovem as afáveis mudanças ilustradas pela razão.
O Trânsito das pedras
Nesta estrada que viajamos, o período noturno ,
E de intensa ameaça...
Onde se aprende de tanto caminhar , conhece mesmo até as
Crateras deste asfalto de tanto se viajar ,
A vida vai e vem e nos torna guerreiros imediatos,
Viciados em viver fazer experiências ,
Prolongar o próximo beijo ...
Sofrer tanto as promessas de um amor .
Testar o ultimo desejo.
A vida também pode ser áspera,
Mas, quem disse que não seria assim ?
De tudo um pouco :
a magia do universo
está em sua entrópica coreografia
nos meandros de sua abstrata engenharia
destinando seu espaço infinito
(em expansão)
ao colapso e à gênesis de formas diversas
às sucessivas alterações que compõem
um caleidoscópio exímio
de cores e formas complexas
singulares
únicas
e fenômenos notáveis que não se explicam:
apenas comportam interpretações
que estão muito aquém de uma compreensão
completa
cabal
apronto os versos que canto em circunvoluções que transportam a minha existência pacata ou febril; e os clamores que proclamam o enfado ou a alegria que me contêm nos valados do isolamento.