Pensamento

inocentes

Inocentes

 

 

Fui educado a ser tão utilitário

Que pareço ter prazo de validade

Correndo por tuneis de iluminação azulada

Quando minha cabeça rolar pelo mundo junto aos copos descartáveis

E cair na sarjeta vou lembrar vida vagabunda do vago mundo.

Já não importa o que importa é que você está bem, nem que seja por poucos segundos.

É inútil conter a enxurrada de trecos com uma única mão, deixe tudo rolar pelo mundo antes que cai sobre você.

Das Palavras Intermitentes [26-03-2024]

Aquelas que se acendem
em noite quente,
pensamentos de gente
que pulula nos sonhos
da meia-noite acarinhada.
 
Quem me dera que fosse nada,
que na madrugada
em que a infância se perdeu
aquela cama tomasse
a forma de um elixir
da reparação,
levando todos os receios em vão.
 
À minha poesia deambulante,
que galopa nas vísceras
do meu organismo

POESIA HOJE

 

* ATUALIDADES * - POESIA HOJE

 

 

        A poesia reage às novas exigências consumeristas do mercado, e envereda-se pela busca de novos recursos e formatos, inerentes às inéditas ferramentas de produção e consumo, se adequando -como um camaleão- aos aparatos contemporâneos de mídia & multimídia.

Em mim

Em mim

Tempestuosas auroras desfolharam os meus passos

Angústias constantemente em mim perdidas, 

Sem rumo e rasgadas no ventre da Terra.

E somente da cor dos meus sonhos,

O meu ser dói-me apenas ao entardecer,

Brumas ensombradas pelo vento

Percorrem  com fulgor as vísceras do meu ser.

Perdi-me de mim,

E a minha alma busquei numa noite de negrume intenso

Mas sempre da cor dos meus sonhos.

Desvanecida a vida e em mim pintalgando

Esta angústia que me abraça e acalenta,

ILUSÃO

 

 

 

diz-se o que se pensa

cada qual criador

de seu próprio monólogo

 

pensa-se no que se passa

destinando ao agora

os indícios de fugacidade

 

tudo nada mais é

que descrição implícita

da interpretação do real

 

porém, os sentidos se respaldam

no pensamento

fonte e foz de toda ilusão

 

 

POESIA HOJE

 

 

POESIA HOJE

 

 

by   Fernando Antônio Fonseca

 

 

        A poesia reage às novas exigências consumeristas do mercado, e envereda-se na busca de novos recursos e formatos, inerentes às novas ferramentas de produção e consumo, se adequando -como um camaleão- aos aparatos contemporâneos de multimídia.

NÉVOA

convém aos olhos
a avidez pelo belo
para saciar com seu foco
todo anseio de amar

convém aos olhos
o apuro da visão
para despojar a paisagem
de seu traje hirto

convém aos olhos
o olhar perspicaz
para remover do real
seu invólucro nubloso

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