Prosa Poética
Já é hora michê
Autor: Fabio R. Villela on Wednesday, 7 August 2013´
Quando abriu os olhos estranhou o branco da parede em frente. Tentou coçar a vista com a mão esquerda, mas viu que estava preso à lateral da cama. Tentou com a direita e o resultado foi idêntico. A ideia de que a mosca que zumbia no ambiente viesse assentar em seu nariz o apavorou, pois sabia que estava indefeso ante a ameaça varejeira e a dor aguda que sentiu no lado esquerdo da nuca só agravou o mal estar e o terror que dele se apossava.
BEIJA - FLOR
Autor: Madalena on Saturday, 3 August 201369 BEIJA - FLOR
Uma flor nasceu e foi regada com muito amor.
- Teve carinho e assim desabrochou.
- E eu passarinho, não voava muito bem, não tinha noção entre o mal e o bem!
- Eu queria cantar mas não tinha inspiração, pra mim!
Foi quando eu avistei lá de longe um belo jardim!
E um casal de adolecente, era o primeiro namoro, era só alegria...Não existia choro!
Abraços apertados e no beijo refletia o amor e quando me nomearam disseram: O nome dele é, Beija - Flor.
NINGUÉM LIGA PELO QUE SINTO
Autor: Madalena on Friday, 26 July 201371 NINGUÉM LIGA PELO QUE SINTO
Ninguém liga pelo que sinto, eu penso que sinto. Eu uso cinto é isso que sinto.
- Eu conheço o Jacinto! ele sente em mim o que eu sinto, mas eu não sinto nele o que eu sinto em mim.
- Se você sente comente, me deixa contente quando você sente.
- Então senta na cadeira, ou aceita a brincadeira, de ler tanta besteira.
- Senta, sente, sinta! já sentou? já sentiu?
Então fica com Deus! VIU?
Madalena Cordeiro
Qual maçã que apodrece intocada
Autor: Magna Damiana R... on Thursday, 25 July 2013Quando tiro os pés do chão
Autor: Magna Damiana R... on Thursday, 25 July 2013Preciso de fumar
Autor: Magna Damiana R... on Thursday, 25 July 2013Sarar
Autor: Magna Damiana R... on Thursday, 25 July 2013A João Bosco da Silva
Há quem escreva para abrir feridas
as feridas que todos temos, que fazemos muitas vezes sem notar
Como se se olhassem ao espelho e contassem as nódoas negras e os arranhões ao fim de um dia de trabalho
Da nódoa negra e das feridas fazem poesia
que é sempre sentida mais bela quando dramática e pesada de dor
Sangram para a fazer nascer
Eu escrevo para me sarar
Para limpar as feridas
Sépia
Autor: Magna Damiana R... on Thursday, 25 July 2013Meus pés caminham por ruas de Lisboa
onde meus olhos se perdem a olhar
outros momentos vividos neste lugar
Virados para o interior da minha memória
observam imagens que o hálito do meu coração
quente e húmido embaciou beijando-as vezes sem conta
tornando-as cor de sépia
Não foi aqui que te conheci
Mas foi aqui que aprendi a amar-te
De mãos enlaçadas percorremos ruas e ruas deixando um rasto de carinho no ar
O nosso primeiro beijo foi selado aqui
num jardim que o meu espirito deseja visitar
AS MÃOS DE MINHA MÃE
Autor: Juan Manuel. on Wednesday, 17 July 2013AS MÃOS DE MINHA MÃE
Para que medir o tempo nas pessoas?
tu tens oitenta anos e por teu olhar e teu sorriso
eu sinto que tens dezesseis.
Dizem que eu herdei teus olhos, tão cheios de luz,
mas eu queria ter teu sorriso
porque é jovial, gosta e conquista.
Recordo que quando era jovem te via caminhar.
E que bonita és, mãe! Os homens seguiam teus olhos e buscavam teu sorriso.
Quando vejo tuas mãos, já com as marcas do tempo, quero adorá-las