Prosa Poética
No fluxo do tempo
Autor: Frederico De Castro on Wednesday, 16 August 2017
Congrego tantos olhares perdidos entre
A multidão de solidões dispersas alimentando o fluxo
De tempo por onde com carícias silencio a insanidade
Perversa remoendo ainda o modus vivendi de um
Intermezzo
Autor: Frederico De Castro on Friday, 4 August 2017
Esvai-se a noite acalentando a madrugada
Que se apronta ostensiva
Esfumando-se num véu de luz primaveril
Coabitando a viciada beleza que desponta
Destarte existo...
Autor: Marcos Rossi on Friday, 4 August 2017Destarte existo...
Antes de sacar a pena, lavei as mãos,
antes de expor a alma, lavei meu corpo,
antes de alisar os cabelos, lavei a cabeça,
antes de começar a pensar,
lavei meus pensamentos.
Agora tudo limpo e purificado,
podemos começar a prosar e existir.
Posso expor os defeitos
de meu corpo com classe,
o brilho de meus cabelos arredios,
sem o odor de meus pensamentos.
Quanto cuidado tenho com meu corpo,
ao expor m’alma e replica-la nas letras.
Nesta audácia pra frente me escrevo,
Ainda luz na cidade
Autor: Frederico De Castro on Thursday, 3 August 2017Um momento mais...
Autor: Frederico De Castro on Monday, 31 July 2017O menino
Autor: Michel Willian on Thursday, 27 July 2017
Noutro dia a caminhar
entre a turba absorta,
avisto pequeno e longínquo
a figura de um menino.
Ele também me avistara,
logo põe-se a apropinquar.
- Meu senhor
meu caro chefe,
se é que assim posso chamar,
com as tuas belas vestes
transmite boa aparência,
mas senhor, os teus sapatos
não estão a combinar.
- Que te importa
os meus sapatos,