Nada pra mim...
Autor: Frederico De Castro on Thursday, 28 July 2016
Doei tudo de mim
poesia, solidão
todos os lamentos
despedidas…lembranças
marchando nas andanças
da noite que suspira ao redor
de uma sentença editada
Na imensidão do vazio da minha cama, perco-me em monólogos mentais com a minha almofada de dormir.
Agarro-me afincadamente a ela, como se ela fosse tu próprio. Procuro-lhe réstias do teu cheiro. Suspiro, choro, sufoco-a, como que sugando-lhe o que resta de TI.
Consegues perceber o quanto sinto a tua ausência, quando não estás?
Fazes-me falta nos pequenos nadas: no beijo de “boa noite!”; no “bom dia” do acordar; na voz mimalha de um “dormiste-bem-meu-amor?”; ou de um “estás linda, como sempre. Amo-te!”; no abraço urgente, bem apertadinho, só porque me apetece.