Soneto ao Infinito e a Deus
Autor: Falcão Nostalgico on Tuesday, 24 March 2015Deus e omnipotencia
Deus e omnipotencia
Pôr-do-sol
Mil diamantes sobre a água a cintilar!
Tremeluzem entre barcos a navegar.
A brisa vem do mar a sussurrar,
Diz-me um segredo: __ o sol vai naufragar !
Meus olhos não se cansam de admirar
Vagas loucas, que não param de quebrar.
Soltam espuma e um forte marulhar
E lá longe, meu sol está-se a afundar !
Gaivotas vão rasgando o rude vento
Num bailado tremelitante e lento
Sobre o vasto oceano, agora em fogo.
Momento de magia culminou
Pôr-do-sol
Mil diamantes sobre a água a cintilar!
Tremeluzem entre barcos a navegar.
A brisa vem do mar a sussurrar,
Diz-me um segredo: __ o sol vai naufragar !
Meus olhos não se cansam de admirar
Vagas loucas, que não param de quebrar.
Soltam espuma e um forte marulhar
E lá longe, meu sol está-se a afundar !
Gaivotas vão rasgando o rude vento
Num bailado tremelitante e lento
Sobre o vasto oceano, agora em fogo.
Momento de magia culminou
Astucioso e desvairado, talvez seja eu assim,
Em minha audácia tresloucada sigo em frente
Driblando orgulhos em busca da sutil semente
Que germinada será fruto do que vejo em mim.
Perambulo tonto sobre a esquizofrenia laica
Torneando desejos que parecem mentecaptos,
Em linha reta os vejo livres, então os rapto
E os prendo entre estribilhos de minha mágica.
Pareço néscio? Não! São atributos de vanguarda
Que tento entronizar e a eles dou minha farda
A fim de que sejam os anfitriões do meu castelo...
Posso despir as palavras e rasgar suas vestes,
Deixar que o conteúdo semântico cause taquicardia,
Fantasia é universo deveras indispensável à poesia...
Sem ela, quem escreve não é poeta, é herege!
Versejar é criatividade, a imaginação alimenta o texto,
Na tessitura do vocábulo amplia-se o tear linguístico,
A sensibilidade atua como matriz do senso estilístico
Que roga ao campo ideológico ineditismo sem incesto!
Intimidade com a linguagem é recurso que o artista
Estrela...ascendente
Ontem, voltamos a ver a morte a acontecer. Desta vez em Paris.
Terror
Da cidade da luz, eternizada,
Chega a morte, perpetrada em surdina,
Por um poder nefasto que domina,
Através de violência sem medida.
Treme a liberdade, de alma ferida.
Ronda uma negra sombra que a mina.
O medo já espreita em cada esquina
Porque a morte paira, desimpedida.
E mata-se, sem piedade, friamente.
E em nome da paz e de um falso deus,
O sangue vai correndo, livremente.
de ti só guardei o cheiro a rosas
a imagem de alguém corajoso
as tuas formas tão airosas
de quem sempre era amoroso
triste vida a minha