Soneto
Obscura
Autor: allansouza on Monday, 4 February 2013Se dizias que me amavas
Então dizes por que deixou
No meu coração as maiores cavas
De um amar que nunca me amou!
Nunca brinques com o coração d'um apaixonado
Pois este é frágil, preso e inocente
E por mais que da paixão carregue o fardo
Não merece sofrer desse calor latente...
E agora, te vejo obscura
Como um cadáver jogado à morte
Como a alegria que a vida me roubou
Percebo que o amor não procura
O ser com a melhor sorte
Para adoentá-lo com a praga do amor!
Seria um Sonho?
Autor: allansouza on Monday, 4 February 2013Tudo o que vejo, ouço e sinto
Seria de fato realidade?
Ou seria só a perversidade
D'um audacioso labirinto?
Seria tudo isso um fantasioso sonho?
Onde a angústia, meu medo medonho
Estraçalha o palpitar despalpitado
De meu pobre coração angustiado?
Então que depressa eu acorde
Para que não mais me recorde
Deste sonho repleto de medo
Recuso o sono que o tempo me trouxe
Pois se um sonho a minha vida fosse
Não seria sonho, e sim pesadelo.
Ao Mar (SONETO ANTIGO)
Autor: António Nobre on Friday, 25 January 2013 Ó meu amigo Mar, meu companheiro
De infancia! dos meus tempos de collegio,
Quando p'ra vir nadar como um poveiro
Eu gazeava á lição do mestre-regio!
Recordas-te de mim, do Anto trigueiro?
(O contrario seria um sacrilegio)
Lembras-te ainda d'esse marinheiro
De boina e de cachimbo? Ó mar protege-o!
Que tua mão oceanica me ajude,
Leva-me sempre pelo bom caminho,
Não me faltes nas horas de afflicção.
Ao despertar
Autor: António José Se... on Saturday, 19 January 2013VINHO DE BACO - SONETO * Antonio Cabral Filho
Autor: Antonio Cabral Filho on Friday, 11 January 2013"Delicado”
Autor: António José Se... on Monday, 7 January 2013
Desperta-se o silêncio da noite quebrada
Com tempestades, heróicas, heranças, saudades…
Ai, que de mim, cai folha abandonada,
Sob a fúnebre pedra, fria, da calçada…
Tu, que pertences aos beijos da madrugada;
Na magia adocicada, que o acordar entende…
“Tantos… Tantos”
Autor: António José Se... on Friday, 4 January 2013A sua presença
Autor: Daniel Marin on Monday, 31 December 2012Assim como a exultação dos pássaros felizes,
Em cada alvorecer radiante e matinal,
Onde a aurora projeta-se na esfera astral,
Seu sorriso aflora, sarando as cicatrizes.
O deslumbre da sua presença imponente,
Atinge um espectro que transcende a lógica,
E em cada evolução sua, simples e metódica,
Deixa marcas de alegria em cada mente.
Se é Doce
Autor: Bocage on Friday, 14 December 2012Se é doce no recente, ameno Estio
Ver toucar-se a manhã de etéreas flores,
E, lambendo as areias e os verdores,
Mole e queixoso deslizar-se o rio;
Se é doce no inocente desafio
Ouvirem-se os voláteis amadores,
Seus versos modulando e seus ardores
Dentre os aromas de pomar sombrio;
Se é doce mares, céus ver anilados
Pela quadra gentil, de Amor querida,
Que esperta os corações, floreia os prados,