Surrealista

Poema Profano

(“A escrita salva-nos da loucura” – ORHAN PAMUK, Nobel da literatura de 2006)

* * * * *

Hoje não vou cantar a Vida,
Nem os homens,
Nem os outros animais,
Nem as plantas,
Nem os mares, nem as montanhas,
Nem o vento, nem o sol,
Nem o azul profundo...

Hoje quero ignorar tudo,
Esquecer-me de mim...
Vou até esquecer DEUS!...

Quero fechar os olhos
E fixá-los no Caos distante
- O Zero Absoluto -,
Partindo em alucinada viagem
Para dormir por Eternidades,
Nos braços do Grande Nada.

REALIDADE DA VIDA

                           REALIDADE DA VIDA

Quando eu era criança,

Eu esperava o Papai Noel

Ele nunca apareceu; trazendo nada;

Nem uma gota de mel.

Mas, para quê gotas de mel?

Para tirar o gosto de fel.

Colocava capim e fubá  embaixo da cama,

Para o carneirinho do Papai Noel comer...

Amanhecia cheio de formigas;

Os meu olhos, choravam de arder.

  Pai pobre, o Natal da criança é pobre.

  O Papai Noel não aparece,

As crianças brilham os olhinhos...

É assim na ilusão,  elas crescem.

Da Loucura Sou Filho Nascido Homem

O apego torturante 
Em meu nome...
Arquivos de paz 
Resgatados
Pelos filhos de Jah, 
Homens marcados. 
 
O pecado desune,
Conclama os agentes do fim
Da loucura viciante animal
Sou filho... 
Um filho que não é do mal
Mas um filho ruim. 
A neurose viciante me consome
Da loucura sou filho nascido homem...
 
29 . 11 . 2014

Muralha da China

A força que me faz voar, a paisagem que toca no meu rosto

O sopro do vento, leva-me a viajar pelo oriente

 Não resisto em passar a mão, sentir o que gosto

Receber boas vibrações, do sol, amigo inteligente

Agarrar-me nas muralhas da china, olhar para o magistral

Sentir a sua história e escutar, os tambores da batalha

Ouvir as prosas de amor as promessas secretas em especial

Liberdade de abraços depois da vitória, a merecida medalha

Caminhar pelos muros gastos, mas eternos sábios

(outro) Deslize

 
(outro) Deslize.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
…Mais um dia, outra forma,
frutos maduros,
absortos no chão imaculado,
criação visual,
desígnio de um corpo morto,
sobejado de sexo
e sangue derramado
sobre perpétuas pétalas secas.
Um esboço furtado
do único medronheiro

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