Surrealista

ESTOU INDO AS PRESSAS

                          ESTOU INDO AS PRESSAS

Vou pra Escola, levando a sacola... Prendi o meu pé, na rabiola, da pipa do menino que não se controla! 

Quase caí no chão! Bateu forte meu coração.

   Que horror! O menino nem pediu desculpa!

Diz que é minha culpa!

Pode uma coisa dessas?

Estou indo as pressas!

Tenho compromissos, com minhas tarefas!

Soltar pipas é contra a lei, mas muitos não obedecem.

   Quem sofre acidentes com elas, não merecem.

   Você sabe disso e conhece, quanta gente que com isso padece!

 

QUANDO OS POEMAS CAEM DO CÉU

Às vezes os poemas
Caem do céu
– Quais chuvas amorosas
Nos Verões escaldantes.

Tal como a água,
Os poemas amenizam o ambiente,
Refrescam o corpo
E ainda alimentam a alma.

Há quanto tempo
Não tomas o teu banho
De chuva?...

02.08.2011, Henricabilio
in "Poemas curto(-o)s"

Alice

Alice

 

Doze anos depois voltei ao cemitério onde foi sepultada minha genitora. Estava na Cidade a passeio, então resolvi ir fazer uma visita. Ao entrar, não achei o local exato do sepulcro, fiquei andando em círculos a procura. Assim que entrei, vi uma garotinha, talvez 9 ou 10 anos de pé, cabeça baixa olhando para um túmulo, como se estivesse rezando. Quando passei bem perto dela senti um arrepio em toda minha coluna. Não dei importância e segui a procura do lugar onde estava o túmulo da minha genitora.

 

A Queda Setentrional

Tão forte a vida que foge à luta;

O labor da culpa e pena.

Morro abaixo é outra sina,

Entre estrangeiros, aprecie a escuta.

 

Quem de nós irá descer

Deste mundo onde

Tudo a ver é tudo a perder?

A liberdade se esconde

No cômodo saber.

 

O corpo varonil: Velo.

Para que a rosa -

Decifra-me ou devora-me....

Decifra-me Fonte,
ensina-me a diluir-me nesta onda 
onde a força cósmica
  permite imaginar tudo que  sou.

Decifra-me ou devora-me,
conduz-me e lança-me neste abismo sem fim,
gozo continuo  sem respostas.

Cativa-me,
torna-me completamente enlouquecida,
 incompreendida por aqueles que não sabem voar,
 não sabem amar, não se permitem sentir.

Faz-me ser assim, 
completamente sem projetos, 
sem tormentos,
sem solução.

Uma incógnita, 
 louca, lançada no mundo

Isqreva sertu

Isqreva sertu

Iscrever serto pur quê ? Intendu tudo erado mermo.

Agora falando sério. Escrever é uma ótima terapia, não conheço nada melhor, criar uma estória, um personagem, um cenário, um diálogo, uma história. Dar vida e criar uma situação inusitada do cotidiano, criar um enredo, inventar a vida do nada. Não tem comparação.

Charles Silva – ou – xarles siuva

" No peito - A Luz "

No peito – “a luz”
Vindo das conchas brancas; a chave dos sorrisos para o peito, e o rigoroso perder da nostalgia, para um despertar ínfimo de brancos soltos na boca!
O timbre do piano que descia na noite, e o pano do silêncio em quanto que tirar as linhas ovais do pensamento. Seria como trazer o mel da jovialidade ao nosso encontro; um amadurecer diurno!
Falei com uma onda do mar...

" Espaço de - instante - "

Espaço de instante
Um solstício de segundo virava assim uma página
De um qualquer rigor, amontoando o livro do
Pêndulo da destreza ou para sim ou para não!
A concavidade do momento…
Física da incerteza ou feixe de luz com atraso
De acontecimento; o bónus da felicidade instala-se
No balcão de espera, mesmo ainda que a solução
Nunca esteja no horizonte.
- O pernoitar dos lábios citrinos numa folha, de
Canela espalmada no Outono dos que um dia
Acordarão no nascer do sol – pela noite; pelo ser…
Um dia na água

"Laços de fogo" - na agua..."

“LAÇOS DE FOGO”

 

 

Água na água

 

Atirava se uma corda

Solúvel de tempos em tempos

Para o meio

De todas as gotas do ar…

 

Antes de ser esperança

Um rosto de madrugada silenciosa

Envolvia todos aqueles

Que dormitavam

Na sonora e fatídica corrente

De seres petrificados no pecado…

 

O peito

No peito

E

Um toque sincero

De revalidar o que nunca ninguém

Escutou na jovialidade

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