Corpo e alma
Autor: DiCello Poeta on Monday, 5 February 2018APENAS UM FIM
Autor: Orlando Martins on Sunday, 4 February 2018APENAS UM FIM
Quando juntos, juntinhos lado a lado,
Trilhámos rumos, sonhámos acordados
Cantando o amor em silêncio imaculado
Como imberbes peregrinos degradados.
Quando ao de leve os dedos se tocavam
Em cálidos murmúrios sussurrados,
Enlaçados em palavras que sobravam,
Calavam os gritos dos beijos desejados.
Mas um dia entre nós um frio soprou,
Embalado em ventos do norte agreste,
E tal como morte lenta se impregnou
Nas professas ilusões que me fizeste.
Maltrapido
Autor: Marcos Rossi on Sunday, 4 February 2018Maltrapido
Penacho de penas e espinhos
Penduricalho de penas alternativas
Grudo na pena e escrevo
Plenamente meus pensamentos.
Pena que você não veio
Pra festa da paz
Não faltaste à festa da guerra
Onde a esperança se desfaz.
Plumas e paetês te vestiram
Trapos e retalhos te corrigiram
Num mundo de insolência
Trapos foram sua penitencia.
a flor austera
Autor: António Tê Santos on Sunday, 4 February 2018tergiverso pelas estradas da alegria para me estabelecer no chão derradeiro onde recupero a liberdade; transponho o infortúnio para poisar onde a mistificação não existe nem a transparência das náuseas deturpando as minhas convicções.
Velas e velos
Autor: Marcos Rossi on Saturday, 3 February 2018Velas e velos
Rezo eu ao pé da vela,
que aquece o destino dos homens
velado e acreditado.
Iço as velas de meu barco,
velas verdejadas pelos mares,
pois venta forte rumo ao infinito.
Velo meu cachorro que morreu,
querido companheiro,
que já se encontrou com os seus.
Deito no velo de lã branca
que tem o cheiro das pastagens,
logo acordo cheio de coragem.
Um velo de transparência minguada
me cobre a face desfigurando
a imagem do universo.
Pretória florida
Autor: Marcos Rossi on Saturday, 3 February 2018Pretória florida
Meu jacarandá mimoso
Caíram todas as suas folhas
Peladinho pelas ruas
Pretoria fica caduca
Magoada e infeliz.
Mas de repente vens
Vestido de azul maravilha
Alevanta as negras e brancas
Almas da mimosa Pretória.
Tapetada de flores e folhas
Suas ruas e calçadas
A cidade fica angelical
Brasileiro de origem és.
Os que pisam tuas flores
Sequer imaginam sua dores
E de onde vieste.
Satisfação
Autor: Emanuel Mourão on Saturday, 3 February 2018Será que vivemos, tentando livrar-nos da pura insatisfação como humanos?
Soa fácil, sorrir à toa, como é que será?
Acaso que caiu sobre mim, feito arraso em que...
Tosco andar, num chão também tosco e na mesma vivemos!
Isto de viver é como um contínuo misto, em que vamos tentando:
Satisfação seria não haver escuridão, dela livrar-nos!
Fatais, como estas palavras, nada mais, outro dia da...
Afasto o frio que no corpo arrasto, como a luz pura!