Lancei ao vento
Autor: Maria Helena Co... on Sunday, 8 October 2017Olhei-te e não te vi
Procurei-te e não te encontrei,
Na brisa fresca e colorida da Primavera
Revi-te no meu sonho
Sonho perdido no limbo
Onde viajo permanentemente
Sem nunca te encontrar.
Quisera ter asas para te fugir
E nunca em mim te rever
Pois encontrei apenas a mágoa dum poeta sonhador
Apenas lamentações dum amor ausente e inexistente
E nunca encontrei as palavras
Que pudessem ser levadas pelo vento gélido e transparente
E tocassem o teu olhar vago e distante,
Esperançando
Autor: Maria Helena Co... on Sunday, 8 October 2017No crepúsculo incandescente das minhas memórias
Guardei o teu silêncio carregado de esplendor,
Com ele salpiquei mil sóis nunca antes vislumbrados
E rodopiei pelo breve caminho que inocentemente palmilhava,
As disformes sombras do teu rosto em mim configuravam como sonhos inacabados,
E desbravei suavemente o medo de te perder,
As palavras nunca proferidas e nos teus lábios desenhadas,
Brotaram fugazmente e na calçada se perderam,
Por mim percorrida diariamente com passos incessantes...
Somente devaneio
Autor: Maria Helena Co... on Sunday, 8 October 2017Encanto, sofregamente encanto
Silêncio transbordante e soprado na chama incandescente
Incessantemente aquele sentimento de amargura imunda
E somente ansiando pelo silêncio do teu olhar
Breve nuvem ensombrando o meu caminho
Átomos exteriorizando uma dança de pesar
Deambulando insano coração nas partidas palavras
Que palpitam no crepitar de uma canção
Silêncio infinito,
Eternamente em mim soçobrando
Breve esgar de remorso
Por um caminho tortuoso e delirante
Breve poema de amor
Autor: Maria Helena Co... on Sunday, 8 October 2017Resolvi escrever o mais belo poema de amor,
embrulhá-lo em celofane de cor vítrea
E nele mergulhar em esplendor
Saudar a águia em mim desenhada
E no teu olhar te tocar
Regressar à terra,
que solenemente me irá recolher
E nela mergulhar o meu ser
Desejosa de ti,
lembranças amargas flutuam no horizonte
Apagadas de rubro sonho
Ainda estonteante procurando o rumo
E não me perder,
absurdas paisagens, visões incandescentes
Amargas sensações de não me libertar,
Afago
Autor: Maria Helena Co... on Sunday, 8 October 2017Apenas afago
Ternuras abraçadas no teu olhar
Pensamento que fugaz foge no seu etéreo caminho
Carícias perdidas no tempo por passar
Na ponta dos meus dedos percorre imensa a saudade
Memórias transparentes de sonhos por viver
E jamais apagados na bruma da noite
O teu olhar transbordante de vida e cor em mim pousou
E o canto singelo do pássaro
Ecoou na minha alma de ninguém
Um raio de sol cintilante
Minha coragem de viver afagou
Tua amargura em mim pousou
Procurando-me
Autor: Maria Helena Co... on Sunday, 8 October 2017Procuro-me e não me encontro
Por íngremes veredas e estonteantes alamedas
Cruzo o sombrio bater da alma humana
Encontro penumbras que de vida fervilham,
Agrestes ondulações transbordam o oceano
Um agre sabor pincela o meu corpo
Que paira na longínqua estrada
Que por entre os meus dedos escorre
Vida esta estranha e solitária
Que percorre todo o meu ser
E me encontra num pensamento fugaz e etéreo
Que levemente sobrevoa o imenso céu
Que adorna o meu sonho
psiuu...
Autor: Emanuel Mourão on Sunday, 8 October 2017Saberemos, nós, feitos poetas, algum dia, quantas palavras caberão no silêncio alheio?
Saberemos?
Nós, não seremos donos da poesia!
Feitos de palavras predilectas:
Poetas?
Algum barulho, como devaneio:
Dia!
Quantas noites, por vício, por dormir ficarão?
Palavras sem termo meio!
Caberão?
No mesmo momento:
Silêncio como sentimento:
Alheio!
Saberemos poesia?
Feitos donos de um certo devaneio!
De palavras predilectas:
Nós poetas?
Sem termo meio,
O Silêncio Do Sol
Autor: Antonio Carlos Ramos on Saturday, 7 October 2017Quando acordei pela manhã
O sol havia atravessado a vidraça
Da minha janela
Sem pedir licença tocou o meu rosto
Em silêncio ele me despertou
Para me mostrar uma manhã tão bela
Na quietude que imperava
Em silêncio sozinho ele trabalhava
Para que o meu dia tivesse mais amor
A todos ao redor ele mandava seu calor
Numa jornada que ele apenas começava
Vi as pétalas de uma flor se abrir
O sol tocava nela e aquecia com o seu calor
Notei que ela sentia bem mais feliz
A SANGUE FRIO
Autor: Madalena on Saturday, 7 October 2017A SANGUE FRIO
Sangue frio, coração vazio,
Cidade calada,
A ordem é o silêncio.
O bang bang à toda hora,
todo instante, morre um inocente,
junto ao culpado.
Soldados que morrem com farda brasileira,
Em guerras estrangeira.
Ai de de ti Haiti!!!
Os inocentes que restam, oremos por eles!
Leis que se afrouxaram,
A frieza corre solta, niguém liga pra mais nada,
Parece que é o fim.
"Aos que crerem em Jesus, não provarão a morte,
mas, passarão da morte para a vida".