saber!

Saberemos diferenciar todas as histórias que lemos hoje sem as esquecer amanhã?

 

Saberemos outras mais inventar,

Diferenciar!

Todas as conversas que tivemos,

As mais pequenas memórias,

Todas juntar para um dia contar:

Histórias

Que, afinal, até as queremos escrever,

Lemos!

Hoje, como se fosse só um dia!

Sem pensar na vã ousadia,

As voltas de no fim termos que ser,

Esquecer:

Amanhã!

Saberemos diferenciar!

Outras, até, inventar?

Conversas que lemos,

Histórias,

Condição

Condição?

 

Foi uma situação penosa?

Foi um espinho de uma rosa?

Que me perfurou.

E nunca, nunca mais sanou!

 

Instala-se o tumulto.

E aparece como um vulto.

Esta estranha impressão.

De estar só, no meio da multidão.

 

E é um livro reservado.

LÁGRIMA DE UM POETA ESCONJURADO

“LÁGRIMA DE UM POETA ESCONJURADO”

(Rufam tambores no desfile da hipocrisia
Rasgaram-lhe os livros! Selaram a utopia…)

Esconjuraram o poeta pela calada
As letras do verso caíram no chão.
Uma lágrima de dor e desilusão,
Rola ao frio na madrugada.

Foram esbirros pequenos sisudos
Predadores cruéis e anafados.
Bestas, demónios malvados,
Trolls, gordos, barrigudos.

(Detratores feudais de muitas vontades.
Donos do mundo, senhores das maldades…)

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