Não posso...
Autor: DiCello Poeta on Monday, 10 July 2017Não devo...
nem mesmo quero
estas aqui... e lá
Não devo...
nem mesmo quero
estas aqui... e lá
Escrevi teu nome
na minha epiderme
Sim, carrego dores
carrego pesadas dores
saudades de um tempo
Do nosso amor
cada gota de água
aquela que rola... serpenteia
Estarão já todos os limites definidos, ou ainda vivemos para os ultrapassar?
Estarão ainda caminhos por trilhar?
Já não conto com os proibidos,
Todos sofremos!
Os passos são para dar!
Limites não os escolhemos!
Definidos?
Ou então incutidos?
Ainda tanto por passar!
Vivemos?
Para superar!
Os momentos, os desalinhos: superar:
Ultrapassar!
Estarão proibidos?
Já sofremos!
todos definidos?
Ou vivemos?
Ainda incutidos?
Para superar:
Ultrapassar?
Se conhecesses os meus olhos, saberias,
que sempre que os fecho
não deixo de olhar para ti.
Se conhecesses a minha dor, saberias,
que ao afastar-me de ti,
na verdade, escondo-me é de mim.
Se conhecesses o meu sorriso, saberias,
de cor cada lágrima que chorei por ti
Se me conhecesses, saberias,
que ao partir sem sair daqui
carrego o peso do mundo
e ao regressar de onde não parti
o peso que carrego é do mundo sem ti...
Se me conhecesses, saberias,
que não espero mais de nada,
sacudo a marcha do ócio ao repuxar o transitório sofrer; avanço estimulando a loucura que incendeia a minha compleição; devasto as suas asperezas ao excitar a liberdade que idealizo.
Justiça? Só para os quatro p.
Perceba que o costume nos ensina
Que o rico pode roubar e traficar.
Sempre terá de pronto uma liminar
Que a prova o erro e o flagrante elimina.
Seja dinheiro, crack ou cocaína
Dá-se um jeito e não sobra uma só pista.
Investigue o cotidiano e assista
Ao erro do pobre sempre vir à tona.
No Brasil a justiça só funciona
Para puta, pobre, preto e petista.