Revelações de um sedutor
Autor: DiCello Poeta on Monday, 5 June 2017Ah, como eu posso negar...
mas também não tenho o direito
nem a convicção de afirmar
Ah, como eu posso negar...
mas também não tenho o direito
nem a convicção de afirmar
Não pretendo negar
Sim, nos meus versos
eu mostro quem sou e como sou
sendo eu mesmo a cada rima
Eu gosto de andar por aí,
ondas suaves que levam o tormento feito mar, como vento: meu ser!
Ondas feito sal,
Suaves!
Que acham-se graves,
Levam,
o momento:
Tormento,
Feito assim, como mal!
Mar,
Como que a naufragar,
Vento!
Meu sentimento,
Ser!
Ondas graves!
Que levam!
o sal!
Foi momento,
Tormento
Feito mal!
Mar!
Meu naufragar,
Feito mal
Como vento
Meu ser!
Sentimento.
Escrevo ao viver uma experiência
sinto a mansidão do meu ser unindo-se a outrem
verto o meu furor sobre os proventos nos momentos exaltados da minha lucidez incendiando a candura que ressoou no plaino das frustrações; despojo-me dos afetos inadequados quando atuo sobre os escombros da solicitude.
Escritas apenas para consolar-me
Nunca fui dogmática.
em tempos diplomática,
mas desaprendi.
Gosto de pensar pela minha cabeça
com influência, sem relutância.
Questiono tudo,
por isso fui ao fundo
e nesse submundo
não há ninguém.
palavras ocas,
ouvidos moucos,
querem lá saber.
A sobrevivência na sua decência
faz o esforço,
sacrifica o corpo
em prol da luz.
Mas seduz a carnificina tenaz
que como uma lapa
descompensada
cola, vira doença.
liberta
liberta
sou liberta!