O destino

Sentado num banco qualquer,

o homem conta as estrelas do céu,

Aceita a sorte que vier,

Se dobra ao acaso infiel.

Ele não é dono de nada,

Nem da sua vida,

Nem do amanhã.

A sua melancolia é inexata 

     E sua mente não é sã.

 

 

Eu sou o mar

Sempre que olho pro mar,

Eu olho pra mim mesma.

As mesma ondas indecifráveis, os mesmos

Perigos e excitações.

Avisto um horizonte distante,

Que cedo se despede

Entre muitas inertezas.

Já não há motivo para agitações,

Pois agora tudo respousa,

E eu mais do que nunca, uno-me ao mar

Enquanto há vida

A vida não é da forma que é vista,

Pois pode ser interpretada incorretamente.

A vida é é exatamente da forma que é sentida,

Sem os equívocos da visão.

O mundo é doce para uma criança,

Porque está livre de ações justificativas.

Quem já sorriu com o coração dilacerado,

Sabe, que a vida não pára no

Ponto que é deixada,

mas deixamos de existir,

Quando ela salta para fora da gente.

 

 

 

Pensamentos lentos

Desmedido tempo a escrever,

Supérflua poesia inexpressiva.

Outrora coexistia no meu ser,

Agora lentamente desvanecia.

 

Tropeçava inconsequente,

Inerente a melancolia.

Subsistia dormente,

Veemente resistia.

 

Esporádica esperança efémera estagiava,

Errática mudança que na terra enterrava,

Pragmática criança que contigo sonhava,

Estática a lembrança de um olhar que me olhava.

 

 

 

 

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