páginas timbradas
Autor: António Tê Santos on Wednesday, 31 August 2016somos malvados quando precisamos curar as nossas feridas; somos o prestígio que vence a todo o custo; somos a casta inútil que agrega legiões em busca da supremacia.
somos malvados quando precisamos curar as nossas feridas; somos o prestígio que vence a todo o custo; somos a casta inútil que agrega legiões em busca da supremacia.
Poema prevalecente,
De modo algum foi escrito.
Sublime transcendente,
Tão-somente sentido.
Poesia intangível,
Dissimulada impercetível.
De um olhar distituído,
Seguramente invisível.
Poeta alienado,
Alucinado na fantasia.
Por ter considerado,
A verdade na mentira.
Desenvolvi possibilidades,
Uma vez reconhecidas.
Assertivamente trabalhadas,
Racionalmente lógico.
Transformando-me nestas quadras.
Espelho-me num acróstico.
Um poema sobre amizade,
Tem a sua própria expressão.
Não precisa de ser dedicado,
Nenhum dedo apontado,
Vocês sabem quem são.
Hei de conseguir,
Talvez num dia, ou então num mês.
Aprender a sentir,
Regridir em desistir,
Um dia de cada vez.
Se a vida não é nada,
Se quando acaba logo termina.
Eu vou aproveitá-la,
Rodá-la na minha palma,
Porque esta é so minha.
Sentado num banco qualquer,
o homem conta as estrelas do céu,
Aceita a sorte que vier,
Se dobra ao acaso infiel.
Ele não é dono de nada,
Nem da sua vida,
Nem do amanhã.
A sua melancolia é inexata
E sua mente não é sã.
Sempre que olho pro mar,
Eu olho pra mim mesma.
As mesma ondas indecifráveis, os mesmos
Perigos e excitações.
Avisto um horizonte distante,
Que cedo se despede
Entre muitas inertezas.
Já não há motivo para agitações,
Pois agora tudo respousa,
E eu mais do que nunca, uno-me ao mar