páginas timbradas
Autor: António Tê Santos on Wednesday, 17 August 2016as reprimendas sofregamente se insinuam nos cômoros da virtude com réplicas que caducam a todo o momento; e os eremitérios lá longe vertem lágrimas divinas.
as reprimendas sofregamente se insinuam nos cômoros da virtude com réplicas que caducam a todo o momento; e os eremitérios lá longe vertem lágrimas divinas.
Se me calo, consinto
Com o que não concordo.
Portanto detesto o fardo.
Coragem não tem
Escondo-me, me abrigo
Dentro do meu mundo...
Se não te vejo
Tento não encontrar
Uma forma de estar perto
Fujo da luz que te ilumina
Que me causa desespero e dor
Estou indo embora agora.
Ainda espero você aqui na praia
Espero que hoje me olhe nos olhos
Que saia desse quiosque montado com folhas de coco
Onde vive a maior parte do seu dia
De onde vem o seu sustento, eu sei
Estou aqui na areia escaldante desse dia de verão
Tentando ver os seus olhos escondidos entre os seus cabelos
Seus músculos, entoados por trás dessa camisa apertada
Espero que venha falar comigo
Fico fingindo que não te vi para não dar o primeiro passo
Gosto do mistério que pensa a meu respeito
Dia de ir para cafeteria escrever...
Está triste a minha alma
Ela que sempre insiste em adoecer
Quando de amor se trata.
Com juras e mentiras
De falta de paz
E de excesso de palavras.
É terna e suave
Essa forma ingrata de amor
Que se esconde.
Se achar o caminho
É ter que sofrer e sentir dor
Não mais me atrevo.
Esgotam-se minhas energias
Só sobraram atritos
E não mais quero viver em ruínas.