os poemas insuflados pelos sentidos exprimiam as duras quadras em que eu desandava no quintal da prepotência: os escaparates que abocanhei tergiversando pelas veredas do cativeiro (cheio de superstições).
Lentamente O Céu Vai Escurecendo...
Os Meus Olhos Castanhos Vão Tecendo...
há palavras que surpreendem ao deslaçarem raios de luz que iluminam as estruturas pérfidas: ingressam em cavernas que traumatizam quem se desdobra no julgamento das falsas ressonâncias amorosas.
Palavras que dançam,
No embalo parado da alma,
Tocas-me levemente o corpo...
Os olhares cruzam-se...
Ofereço-Te os lábios...
As Línguas encontram-se...
Bailado sensual entre o sagrado e o profano,
A devassidão da mente convida à dança!
Por entre suor e saliva...
Corpos penetrados!
Divino fascínio da alma...
Submissão de corpos,
Puro deleite...
Perdidos no salgado ardor da paixão,
Bailado ancestral, na dimensão platónica do Ser.
Quero seu cheiro
Seu beijo, no meu desejo.
Quero seu toque, quente e
desnudo desenhado minhas
curvas.
Quero você por inteiro
completo
Te quero sem pudor
ou preconceito
Sem medo sem anseio.
Sua epiderme na minha
pele, sua boca a me descrever.
Almejo te desejar hoje
e sempre.
Te querer, no mais que
desejo,
E te amar, te ter por
hoje, amanhã e além.
Sthefanny Milany (Ster Millany)
