" Morte encriptada..."

“ Morte encriptada...”

 

Reflexo irradiado de uma vela queimada, tão doce para mim,

Limpa-me , regenera-me, coloca Meu nome... ali,

Organizo o pensamento, para o momento do suicídio...

Vou para um lugar estranho, falo de tempos por onde surgi.

Fora da rima, dor encriptada... quis ser em mim,

A tendência atirada, a porta selada...o caminho sem fim...

Olhar de Ambár, no manto negro da Morte...sorri,

Recolhe o ar quente da vela, deixa o meu corpo... evapora,

 E... no silêncio que restou eu senti,

Uma Outra Rua do Amor

Toda manhã acorda ela as coisas mais belas do dormir,
Ela ama chorar lágrimas alegres quando fala da outra rua do amor
Com sons de cordas e baixos resmungões
Com teclados dançando nos jardins
Junto às flores com nomes e letras de músicas,
É uma canção e um lar.
Dos livros voam os sonhos
Nas conversas... Longe! até o tardar
Velejam, flanam algumas poesias.

ESPUMA DO TEMPO

ESPUMA DO TEMPO

Na crista de espuma de um ciclo sem fim,
Em ondas de saudade que o tempo penteia.
Perguntei ao mar se me levava a outro lado.
E o mar, escorrendo no seu frenesim
Lágrimas de sal, que ao vento presenteia,
Em gotas de odor, num rosto inebriado.

Velas solitárias, balouçam a vaguear
Nas vagas do sonho que não morre
Nos tempos nostálgicos e desnudos.
A saudade deixa-se beijar,
Pelo desejo que em mim percorre.
No silêncio dos meus gritos mudos.

João Murty

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