CICLOS - OS PROFANOS DO TEMPO

Poema que encerra o epílogo do livro de ficção “OS PROFANOS DO TEMPO”

Rompi com o sonho impercetível e murmurado,
colocando apressadas palavras no relógio da vida.
Trepo ao céu, agarrado às letras e ao vento,
flutuando no espaço ao sabor da corrente.
Esperança ardente, sonho fugaz determinado,
ávido dos silêncios que a noite provida.
Em louca espiral da pressa! Isole-me no advento
que projeta todos os meus erros na minha mente….

Lembranças

Vejo um tanto de passado como se fosse hoje. 
E o tempo carrega lembranças,
em memória daquilo que vivemos.
Teu semblante é fantasma acorrentado a alma.
Que não acalma se o dia dorme
E nem se afasta quando chega o amanhã.
Sigo aqui, escravo de ti, 
Triste. 
Amarrado ao tronco
E a saudade é açoite que castiga a alma.
Sou um pacote abandonado a árvore.

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