La prière de l'amour

Nas lentas horas em que a desolação me cerca,

É a ti que chamo de fé.

Teu nome soa mal em flébeis bocas,

E não é a ti que clamam quando o excesso e o desejo se consolam.

 

Permita que a beleza a qual não vivi

Seja guardada dos meus ímpetos.

E que os mais singelos toques

Não passem mais despercebidos.

 

E de tantos erros em tentar achar-te,

Deitado numa cama

Deitado numa cama, cheguei a este  mundo,

Não sabia fazer mais nada, nem me lembro de muito.

Deitado numa cama, imaginei a minha vida,

Longe da infância, sonhadora criança destemida.

Deitado numa cama, gostava de acabar.

Perto de quem me ama, um último abraçar.

Despedir-me com a consciência que consegui,

Ser melhor depois do inicío, durante o meio, até no fim.

Deitado numa cama onde escrevo estas linhas,

Ténues, com tinta negra, um pouco entristecidas.

O caderno que me compreenda, tanto que assistes arrumado.

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