Milagre da Vida

Parece que foi ontem... e já passaram oito anos
Que o milagre da vida aconteceu.
Em passos unidos caminhamos
Ao som deste coração que é teu.

És o meu orgulho, a minha vida.
Trago-te em mim diariamente.
Assisto e incentivo à corrida
De te ver a crescer fugazmente.

Desde o dia em que nasceste
Que transbordas energia de ti
E com ela tantas etapas já venceste.

Permanecerei sempre por ti aqui
Abraçada à tua história,
Ao nosso amor, à nossa glória.

7 Vidas Mortais

Gato selvagem que fazes tu?
Parece que largaste um pu!
Ao redor fica um deserto
Não se vê ninguém por perto
 
Gato selvagem achas-te mau?
Um dia levas tau, tau, tau, tau
Muito mias p´rás gatinhas
Vais queimar as patinhas
 
Gato selvagem julgas-te grande?
Não sejas enchido de sangue
Atravessas a estrada a hesitar
Levas com carro, nem te ouvem miar
 
Gato selvagem p´ra que corres?

QUERO DIZER-TE, AMOR

Deixa cantar-te assim, versos de amor…

Que o meu coração te quer dizer!

Esculpidos com carinho e com fervor

Que nesta tela pintei, para te oferecer.

 

Têm sonhos, utopias e quimeras

Como nunca em algum dia, imaginei…

Tem flores, prados verdes, primaveras

Que na minha alma de poeta, eu sonhei…

 

Quero dizer-te, Amor, mas não ainda…

Que a tua boca, sedenta, é sempre linda

E dentro dela guarda, os beijos meus…

 

A cada toque teu, em cada beijo…

Há uma emoção intensa, há o desejo

O peso da leveza

Para que serve o amor

Se é inimigo do tempo

E é levado com o vento

Regressando em forma de dor?

 

Para quê provar a felicidade,

Que adoça a alma, aquece o coração,

Se esta desaparece com a idade

E nos invade de desilusão?

 

Por que nos entregamos a alguém,

E vivemos a intensa aventura

De mais tarde não sermos ninguém?

 

Por que é que o tempo traz a tristeza

Do que antes foi a plena loucura

E agora é a pesada leveza?

 

Finge o poeta o que sente

Finge o poeta o que sente

 

Mote

Finge o poeta o que sente

Sente o poeta o que finge.

 

Voltas

 

Ao fingir a dor que sente

Duplica as dores vividas

Dói a real e a fingida.

Doem intensa e igualmente

A do coração e a da mente.

E o poeta não  restringe

As dores que a si impinge

Ele as vive plenamente.

Finge o poeta o que sente

Sente o poeta o que finge.

 

Em seus versos diz Pessoa

Que outra é a dor do leitor.

O que leva a pressupor

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