TROVA SOBRE CACHAÇA 2

É cachacinha da boa,

com isso virei binguço.

É branquinha alemoa!

Bêbado durmo de bruço. 

Vou continuar a lutar
Quanto mais fundo me sinto no mar
Mais próximo estou da costa
É sinal de que estou no meio
E devo continuar a nadar
E que por mais que seja difícil
Tenho que ter forças
Se é que quero realmente salvar

Já perdi várias lutas
Mesmo assim não desisto
E continuo na luta
Porque perder não é prejuízo
É mais uma chance de fazer um pré-juízo
Do meu próprio juízo
E traçar novas formas de derrotar o inimigo

Contemplo o teu inerte poder

Neste acordo sem negociação.

Linhas em continuo correr:

Tinta escorrida do coração ou

Dias sem escrever.

Espias os meus segredos

Sou contra esse tal amor

Não conheço e nem quero

Porque dizem que só causa dor

É um produto da natureza por isso é um mistério

Conheço muita gente que morre por causa dele

Sou anti-amor por isso não o levo a sério

Não quero sofrer

Dizem que é uma coisa boa

Até ao ponto de matarem por ele

Prefiro gostar

Acho que é mais simples

Porque já ouvi várias histórias

De várias pessoas

Que sofreram de amor

E sofrer não é uma coisa boa

Então não é a toa

Pudera eu ser mar, poderoso e forte

Que nada teme, na sua vastidão imensa!

Pudera eu ser pedra que não ri nem pensa

Pudera eu ser vento, ser o vento norte!

Pudera eu ser trovão, com o seu poderio

Ser luz, ser sol, que ilumina a alma!

Uma alta montanha, um imenso rio

Trazer no seu leito, o amor, a calma…

Caminhavas suavemente pelo jardim

Com um lindo vestido de seda

Cobrindo o teu belo corpo sedutor.

Trazias no rosto

Um sorriso radiante

E um brilho intenso no olhar.

Esperava impacientemente

Que te aproximasses

O meu coração…

Parecia que saltava do peito