Paranoia
Autor: Reirazinho on Sunday, 11 June 2023Eu me sinto vigiado a toda hora, os carros, as nuvens, os celulares, tudo é motivo de desconfiança. Os urubus voam sobre mim, desmentindo qualquer fim. A cada batida de asa me enlouquecendo, mais certeza tenho sobre como sou o escolhido. A paranoia namora a esquizofrenia, e eu sou o amante delas. Sinto fantasmas olhando meus erros. Vejo minha tela de dentro recebendo suas sinapses, e até disso desconfio.
CADA DIA
Autor: FERNANDO ANTÔNI... on Saturday, 10 June 2023Coveiro
Autor: Reirazinho on Friday, 9 June 2023Coveiro solitário adentra à terra,
Ele cava os mistérios do mundo antigo,
Com a pá finalmente dá cabo a matéria,
O senhor dos velórios, servente cínico.
Da cova ao fogo infernal, um arcanjo infeliz,
Talvez da luz ao céu, um salvador dos espíritos:
O barqueiro Caronte dos corpos mais vis,
Navega nas marés dos rios dos mortos-vivos.
o fulvo regato da poesia
Autor: António Tê Santos on Thursday, 8 June 2023os percalços avolumam-se quando os homens obedecem aos cânones usuais: quando resvalam pelas crenças fabulosas que submergem a sua lucidez; quando o ódio os captura através dos seus preconceitos arraigados.
o fulvo regato da poesia
Autor: António Tê Santos on Wednesday, 7 June 2023esvoejo num tapete sublime com algumas guinadas volúveis; com intentos benignos que perseveram nos lugares onde se manifesta a crueldade; com rasantes frenéticas sobre os degenerados desta vida.
'VANNESSA PAULISTARUM'
Autor: DAN GUSTAVO on Wednesday, 7 June 2023OS SENHORES DOS ELEMENTOS
Autor: FERNANDO ANTÔNI... on Tuesday, 6 June 2023
1.
os senhores da água
já desvendaram
os mares afoitos
em embarcações primárias
2.
os senhores do fogo
já depuseram
o pó frio das cinzas
submetendo-o à ventania
3
os senhores do ar
já sobrevoaram
os ventos adormecidos
na aurora noturna do mundo
4.
os senhores da terra
já demarcaram
seus vagos domínios
impondo limites aos sonhos
Pensamentos
Autor: Reirazinho on Monday, 5 June 2023Desviei de todos os pensamentos
para não poder em ti pensar,
pensei sobre teu fim, mas sim, ignorei,
jamais esse final foi possível.
Todos na vida te nivelaram como cuidadora,
cuidaste de mim e do mundo
como quem cuida das ervas da mata;
cuidaste dos pares ao lado
enquanto a dor te castigava.
Senti-me vazio naquele hospital,
foi dolorido imaginar tua morte
ante aos órgãos desligarem. Eu sabia,
o fulvo regato da poesia
Autor: António Tê Santos on Sunday, 4 June 2023replico àqueles que censuram a imperícia mundana com o engenho dum criativo que possui autenticidade nos seus devaneios; ou com a perspicácia dum vidente que exibe os seus méritos para aliviar a miséria dos outros.