Porto de abrigo

Porto de abrigo
Sou um barco há deriva no mar
Há espera de te encontrar
Quero no teu cais atracar

Porto de abrigo
Guia-me com o teu farol
Ilumina com o teu brilho a escuridão
Sé o meu sol

Porto de abrigo
Aconchega-me nos teus braços
Juntos, conheceremos a felicidade
Se o apoio dos meus passos

Porto de abrigo
Contigo quero dividir
Tudo o que a vida tem para oferecer
Em todos os momentos a tua presença quero sentir.

A necessidade que tenho de ti

Nem os brilhos da multidão conseguiram
Enfraquecer a necessidade que tenho de ti
Será culpa desta singular saudade
Ou dos excedentes do desejo que senti

Numa inesperada comunhão quase perfeita
Congregou-se nosso ser
Libertando fragmentos de felicidade
Numa divina serenata ao prazer

Que se da minha vontade dependesse
Jamais conheceria outro resultado
Senão aquele em que tu simplesmente
Estarias ao meu lado

Encantamento

Feri minha poesia
 
com overdoses extemporâneas
 
de desejos satisfeitos e insinuantes
 
egocêntricos
 
jubilando pelos teoremas
 
do tempo vadio
 
temperalmente tolerantes
 
nutrindo-te num sopro
 
de vida sempre mais possessivo
 
regenerado e tão expectante
 
 
Roguei ao teu sumido
 

Dois como um

Serei teu poeta
 
se as palavras que te disser hoje
 
couberem entre tuas margens
 
convergindo lineares
 
nutrindo taciturnas
 
aquelas cavalgadas desenfreadas
 
onde nos despimos assíduos
 
pelas tempestades de carícias
 
tão instigantes e esfomeadas
 
 
E quando em ti emergir
 
chicoteando qualquer palavra

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