Oceanidade

Sejam benditos
 
teus tons em instrumentais
 
vozes de mestria
 
reflictam nossos corações
 
todo poente musicado
 
em canções sem palavras
 
rimem os compassos ternos
 
proclamando a gentileza dos
 
teus suaves acordes
 
resgatando nossas liberdades
 
na completa redenção
 

Simplesmente...

Simplesmente...

 

Olhar sereno

Bordando letras

Abre a janela

Pela manhã

vê o o orvalho

na flor da maçã

Um beijo no rosto

Um abraço apertado

São mimos que quer

Quem está enamorado

Uma flor

Enfeita o sorriso

Da mulher que traz no ventre

O seu melhor presente

Esta é a vida

Simplesmente vivida

Em cada flor, um sorriso

Doce aconchego

Desenhado pela natureza,

Ternura, doçura, dedicação

Afecto, meiguiçe

Simplesmente…

Partiu um pedaço de mim

Partiu um pedaço de mim

 

Pedaço que calou

Pedaço de mim que se foi

Tão gelado

Num dia tão frio e sombrio

Foi-se um pedaço da minha história

Da minha vida…

Que me ensinou um mundo de coisas bonitas

A minha alma desabou

Perdida

Entristecida

Tenho saudade…

Do pedaço de mim que partiu

Agora, comtemplo  a lua

Sei que esse pedaço de mim

Está algures no firmamento

Escondido entre uma multidão de estrelas

A lua espelha esse pedaço de mim

CERTEZA DO VIVER

A ilusão dos imortais

Morre no mesmo instante

Em que o tempo enterra ideais

Para guardar em seus anais

O destino cruel das horas mansas.

 

Herdeiros? Onde estamos?

Onde não estamos? A vida

É um sepulcro talhado, é vulto,

Mas quando a sombra aparece

Envolta em retalhos de luz

Tem-se a certeza de que se vive

E doce é o néctar desta sensação.

Deus Pai.

 

Sou a vida,

sou a morte, 

sou a tua sorte.

 

Sou o destino que te abençoa,

o amor que te acalenta,

a consciência que te amordaça,

vê se me entenda.

 

Sou a culpa que te atormenta,

que te acusa do pecado,

mas te salva do inesperado,

receba este meu recado.

 

Estou sempre ao seu lado,

mesmo sendo você predestinado,

a sempre ser meu filho amado.

 

Sou a vida, 

sou a morte,

sou a tua sorte.

 

 

 

Leandro Campos Alves.

 

2015.

 

Conheçam nosso trabalho em:

 

http://www.escritor-leandro-campos-alves.com/

Com vista sobre o mar

– Conto desembarcar
 
ali onde domesticamos
 
os portos de abrigo
 
noivando eternamente
 
tanta formosura demarcada
 
em ondas assediadas de amor
 
com vista sobre o mar
 
 
– Se há belezas
 
então demarquem
 
este tempo com fulgores
 
inesquecíveis
 
transitem entre nós
 

AUTENTICAÇÃO

Eu me curvo diante deste imenso vazio,

Eu me turvo perante meu olhar arredio

Que me faz singrar hipóteses ao vento

E escalar o escuro sem ressentimento.

 

Eu me tosto pelo sol da manhã cinzenta,

Eu me enrosco onde a saudade se assenta

Dissertando a lápis na solidão que maltrata

O escape felino do beijo cítrico da mulata.

 

Eu me lavo das barbáries do sonho tímido

E me cravo os pregos que me deixam lívido

Sob o calor que apetece o brilho da estrela...

 

INCENSO

Agora cai a água das nuvens,

O solo árido é o cálice que a recebe,

A terra seca então se depura

E sementes alimentam a verve.

 

Bebe-se da umidade um aroma em flor

E em taça de cristal o mel da redenção

Que mitiga a sede e a sacia a fome

Dum mundo que sofre estiagem no coração.

 

No chão fulvo surgem os primeiros brotos

E no augúrio das mentes varre-se o lodo

Da infertilidade que sentenciou os campos...

 

Tempos novos... Há nas árvores o incenso

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