Nas asas do silêncio

Nas asas do silêncio
 
E quando penso 
que nada passa
assim me expresso
porque a vida se apressa
e tudo resta tal como tudo... o vento levou 
tudo,
tudo que se desembaraça da vida
qual argamassa impressa
na semelhança das manhãs 
que sorriem descalças
entre a noite e o dia
agora disfarçados
sem enganos esboçados numa promessa
ou palavras de amor repensadas

Por Mais Miolos Por Aí Criando!

Um palco para se palavrear 
As verdades escondidas 
Que devemos lhes contar!...
 
Essa, essa palhaçada 
Que dura 
Vinte e quatro
Vinte e cinco horas por dia. 
Uma hora inteira falsa, só de psicologia...
 
Um palco,
Um templo da arte.
Um show sem nacionalidades
Que só aumente o nosso bando
Pois existem tantas loucuras nos esperando... 
Tantos órgãos se dedicando

Eflúvio do Esqueleto

O esqueleto acabado
Que agora está em paz
Numa dor cortante
Com uma cor vibrante
Abria muito a boca 
E explanava a toca.
Mentia como um alguém
Que não temia nada
De ninguém. 
O esqueleto estrompado
Que havia sido enterrado
Esquecido, usado e pisado
Não tinha mais um eflúvio.
 
(Nada mais dele era emanado...)
 
25 . 11 . 2014
 

Cálida noite de sede incontrolável

Cálida noite de sede incontrolável  

Embriago-me pouco a pouco no sabor de vinho tinto

Dos lábios teus.

 

Ardor de suas mãos

A descobrir as linhas

Do meu corpo em chamas.

 

E com suspiros e gemidos

Tu percorres a minha pele febril

Na busca de descobrir os meus segredos.

 

E mesmo nessa ânsia

De querer-te mais do

Que querer-te

 

Não me deixo seduzir

Mas o frescor de sua

Boca quente ainda continua em mim.

 

Sthefanny Milany

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