À linha encruzilhada

Bem queria te escrever versos
Incertos, buscar na tua poesia
Algo que me conduza a via
Do bem me quer do mais me quer.

Quero te amar com meu amor
Em um peito sem dor
Que muito que mais pouco exige
E o fruto feminino me beije.

Quero da mulher
Tudo que puder.
A verdade do prazer.

Buscando na jogada
À linha encruzilhada
Do desejo da amada.

 

ZÉ NINGUÉM, UM CIDADÃO?

ZÉ NINGUÉM, UM CIDADÃO?
 
Zé ninguém, um cidadão
que ninguém ouve
Sem lenço, sem documento
Vai seguindo sua trilha
Atrás da sua lenda
Pra realizar suas sendas
Sem documento, não é cidadão
Se não é cidadão não tem nome
Nem identidade
É um Nada,
Um Zé ninguém
Um zero na multidão
Que pensa que não é nada
Mas que tem seu valor
Na hora da eleição

O DRAMA DE NARCISO

O DRAMA DE NARCISO
 
Narciso acha feio o que não é espelho
Mas o espelho não reflete o que Narciso é.
Narciso se ama...se adora... se endeusa
E entra dentro de si
 
Narciso é o reflexo do outro
Narciso beija em outro
Seu corpo...seus seios...seu sexo
E se reflete no espelho
que mostra o outro que não é Narciso,
Mas é o seu reflexo no espelho
Narciso e o outro são um só...
 

OUTRO FINAL

OUTRO FINAL
 
 
Transformei meu violão num altar de saudades
Toda nota que cantava me lembrava você
Meu violão hoje chora lágrima de canção
Tentando alcançar as notas certas do seu coração
Reverenciando o amor que um dia foi nossa razão de viver
 
Do olhar, lágrima de saudades
Do violão, notas vindas do coração
Do dia a dia, tempo de sobra pra lembrar
Da vida, nada mais pra comemorar
 

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