Vida Minha Por Muito Já Morta

Ó ! Vida minha por muito tempo já morta !
Melhor és que todas outras minhas vivas,
Se o tempo que o traz te dê tanta volta,
Aqui estarei esperando-á com as brisas.

Em mim volte e continuarás viver solta,
Vinde á minha alma para que o avivas,
Nem que sobrar de si apenas uma gota;
O teu fôlego meu, traga no coração que poetisas.

Tão cruel tem sido o tempo para contigo,
Como para conosco diferente não tem sido;
Rasgando o nosso enfermo coração à alma;

EU

MOSTRO-ME AQUI, ASSIM.

UM NADA NO MUNDO!

MAS MEU SENTIMENTO, É PROFUNDO.

EM RALAÇÃO AO QUE VIVO, QUE SINTO.

DOU UM POUQUINHO DE MIM PRA VOCÊS,

MAS DE VOCÊS QUERO TUDO!

SOU EGOÍSTA EU SEI.

MAS ISTO, NÃO IMPORTA MUITO.

PERTO DE VOCÊS  SINTO-ME NADA.

PORÉM, SEI QUE SOU TUDO!

QUANDO ESTOU AQUI.

NADA ME FALTA!

TENHO O MUNDO.

PRECISO DIZER ALGO MAIS?

SIM. AINDA NÃO DISSE TUDO.

E SE AINDA QUISEREM SABER MAIS!

FAÇAM COMO EU,

COLHAM DE MIM COMO FAÇO.

POESIA

Palavras de sabedoria

Passeiam no tempo

Em forma de poesia

... Levadas pelo vento

Ilustram alegria

Retalhos de pureza

Palavras de sabedoria

De rara beleza

Poesia cantada

Doce melodia

Alegria ilustrada

Sobre a forma de poesia

És a mais bela flor

Plantada naquele jardim

Onde cresceu o grande amor

Que tomou conta de mim

AMOR

Não te amo como um pedaço de cristal
Não te sorrio como o sol no verão
Abraço-te quando estás mal
Por seres a minha grande paixão

Não te venero noite e dia
Não te elogio constantemente
Vivo sim, com alegria
Por seres um amor sempre presente

Não limpo as tuas lágrimas
Nem tão pouco o teu suor
Ajudo te com fervor
Nos momentos de dor

Estar ao teu lado
Nos momentos de dor
Significa que estou apaixonado
E só a ti, entrego o meu amor

NATÁLIA

O céu há de mostrar-me os teus castelos,
E a noite vai se erguer nos olhos belos
Da minha alva menina...
E, quando ela arquejar por entre o prado,
O vento vai lhe dar, como um agrado
Seu divã na colina.

Acorda com gorjeios a natura
Num sonho de esperança e de ventura
De estio nesta manhã;
Se o anjo que dourou minha jornada,
Murmura o doce amor com voz de fada,
Com infinito afã.

Epílogo

Não tenho terra nem dono,
sou peregrino emergente!
Só o tempo é meu patrono.

Tenho em mim as marés bravas
sei do rugido do vento
sinto o intento do verbo
e ouço o eco das palavras.

Sou premissa recorrente,
serei amante, poeta?
ou uma ilusão eloquente!

(Rui Tojeira)

SEU VICIO, MEU DESESPERO

OLHO O RELÓGIO.

JÁ VAI SOAR MEIO DIA.

PENSO.

SERÁ QUE ELA VAI VIR HOJE?

A MOÇA DE LONGOS, CABELOS NEGROS.

ONTEM SEUS OLHOS, TINHAM EXPRESSÃO

DE DESESPERO E DOR.

 VÍCIO MALDITO!  

EMBALA  SONHOS, DE JOVENS ADOLECENTES!

NUM PESADELO CONSTANTE.

TEMPOS ATRÁZ EU A VI!

BRINCAVA COM SUA BONECA.

AQUI MESMO NESTAS RUAS!

SUA MÃE, A CHAMAVA DE MEU BEM.

COMO GOSTARIA EU, DE PODER AJUDÁ-LA!

DE OUTRA FORMA.

NÃO ESTA!

PORÉM, SOU O ÚNICO ELO QUE EXISTE,

ENTRE O MUNDO REAL.

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