A VACA E O BOI
Autor: Madalena on Friday, 10 May 2013A VACA E O BOI
Era uma vez um casal.
Que não tinha nenhuma rede social.
O cavalo e a Égua, a vaca e o boi, mas...
Viveram felizes para sempre!
Autora: Madalena Cordeiro
A VACA E O BOI
Era uma vez um casal.
Que não tinha nenhuma rede social.
O cavalo e a Égua, a vaca e o boi, mas...
Viveram felizes para sempre!
Autora: Madalena Cordeiro
CORAÇÃO FERIDO
Oração, melhor ter marcas nos joelhos do que ter feridas no coraçao!
As marcas nos joelhos não dói.
Mas as feridas no coração só Deus pode curar!
Mas se você orar e os joelhos marcar...
Deus vai te curar!
Autora: Madalena Cordeiro
Qual é a sua
Não te entendo muito bem
Um dia tu me amas no outro me odeias
Um dia sorri e no outro não estas nem aí para mim
Um dia amores no outro, horrores.
Não entendo minha querida por que eu me apaixonei
Talvez tenha sido teu jeitinho de burguesa que me atraiu
Preferia, porém, não tê-la conhecido,
Pois perto de você fico eu desguarnecido.
Queria saber o que passa em tua mente
Às vezes pequenas parolas terminam em grandes verberações
Qual é a face humana que realmente se mostra?
Aquela que se escancara em um fingido sorriso?
Ou aquela outra que se enruga em profundo ciso?
Qual merece crédito quando na face se prostra?
Sim, porque se escondemos a nossa dor nas risadas
Apenas para que de nossa dor ninguém mais saiba
Também escondemos a alegria para que não caiba
O escárnio e a indiferença de canalhas disfarçadas.
Ri coração, escarnece de ti mesmo, triste palhaço
E tira, inda que seja à força, de sua fria mônada
A vida me pôs nas mãos um lindo e delicado livro. Lhe faço
Um carinho. Deslizo minhas mãos maciamente por seu dorso
Malicioso, preparo-me para fazer uma viagem, um lindo corso
Por cada página, cada palavra sua, por cada linha, cada traço.
Lúdica e ansiosamente, confesso, abro-o. E o que mais espero
É que cada uma e todas as palavras de suas alvíssimas folhas
Tragam contidas dentro de si – quais coloridas lindas bolhas
As mensagens de paz e de amor que tanto desejo, tanto quero.
Nasceu assim. De repente. Nem sei quando
Se foi quando você falou, ou apenas sorriu
E repentinamente toda minha segurança ruiu
E eu me vi como estou agora, só lhe amando.
E agora, todo dia me vejo assim, impaciente
Prá lhe ver, sentir seu cheiro, ouvir sua voz
Prá guardar você na memória e depois, a sós
Medicar essa paixão, me sentir menos doente.
Mas (existe sempre um mas) depois eu penso:
Para viver essa paixão, ignoro todo bom senso
Ou continuo amargando essa solidão terrível?
Sabe o que eu queria mesmo? Seu corpo mapeado
Para que todos os caminhos que eu nele seguisse
Levassem você a sentir tudo, tudo que eu sentisse
Por muito mais de um milhão de vezes multiplicado.
Sabe o que eu queria mesmo? Encontrar o ponto
Exato para o toque do prazer máximo, da loucura
Mas são tantos os pontos seus que, nesta procura
Você me põe primeiro exangue, perdido e tonto.
Por isso, lhe falo baixinho obscenidades ao ouvido
Ou mordisco seus lábios, ou beijo seu peito túrgido
Sonhos? Eu sonho. Tu sonhas. Mas, de que serão feitos
Os sonhos? Será de alguma vontade inda não realizada?
De alguma ânsia que se queda frágil, não materializada
Fazendo de corações e almas pares tristes, insatisfeitos?
Ah, os sonhos. Elocubrações que a mente humana gera
E que, pari passu, seguem lado a lado com a nossa vida
E quando não realizados, são como uma dolorosa ferida
Que torna a nossa vida tão inócua, tão insalubre,tão mera.
Apesar de não existirem, de cinza, ficam por aí os sonhos
Oxossì, Obalúaye, Òsúmàré, Ogum e Iansã
Me respondam, por favor, urgentemente:
De onde vem isso que já me faz dormente
Como quem está refém de uma febre tersã?
Dei agora para ouvir atabaques e tambores
Mesmo quando eu e minha’lma estamos sós
E nesta nativa sinfonia há o grave de uma voz
Cantando a força de mil esquecidos amores.
E agora deuses, o que faço: abro minhas velas
E viajo nas tintas da paixão destas aquarelas