O POETA LOUVA DEUS
Autor: Madalena on Wednesday, 17 April 2013O POETA LOUVA DEUS
A ti, Ó DEUS, glorificamos, a ti damos louvor, pois o teu nome está perto,
as tuas maravilhas o declara.
Autora: Madalena A. C. Rocha.
O POETA LOUVA DEUS
A ti, Ó DEUS, glorificamos, a ti damos louvor, pois o teu nome está perto,
as tuas maravilhas o declara.
Autora: Madalena A. C. Rocha.
(Eu realmente acho isso tudo)
Engraçado!
Eu tento abraçar o mundo
E ele me envolve;
Eu tento segurar o vento
E ele me carrega;
Eu tento beber de um rio
E ele me engole.
Eu conto todos os números
E eles não acabam;
Eu falo todas às palavras
E nem cheguei à metade.
Eu me sinto pequeno,
(E dizem que sou um grande homem!)
Eu me sinto feliz
E acho graça de tudo,
Eu me sinto leve
E flutuo nos meus sonhos,
Eu me sinto sozinho.
Diga à vida que cansei.
Se ela quiser passar, que passe.
Se ela quiser ficar, que fique.
Se ela quiser começar, que comece.
Se ela quiser terminar, que termine.
Não me importo.
De que vale a vida longa
Sem uma longa história?
De que adianta uma longa história
Se o tempo é curto?
De que serve o tempo curto?
Diga ao tempo que tenho pressa.
Tenho de viver a vida,
Tenho de estudar a vida,
Tenho de trabalhar a vida,
Tenho de namorar a vida,
Me completo deixando espaços em branco
Nos intervalos de um tempo ininterrupto,
Evoluo fazendo sempre tudo igual
Como células que se repetem para morrer.
Acho que sou um átomo...
Vivo em constante explosão
Colidindo com meus próprios pensamentos
Coligando-me com os fantasmas,
Sombras de mim,
Que me tornam completo.
Meus passos se apagam, se anulam
Sem pegadas, sem registro, sem passado.
Sem passado, sem história, sem futuro.
Sem futuro, sem planos, sem retas.
Livre
Ando, pulo e canto
Sempre
Nasço, vivo e morro
Respiro
Ar, gás e água
E como
Folha, flor e fruto
Quero
Ter, ser e estar
Preciso
Querer, gostar e amar
Invento
O dia, a noite e o mundo
Vivo
Onde, quando e como
Posso.
Rodrigo Dias
(in: “Expressões Impressas & Impressões Expressas”; Usina de Letras, Rio de Janeiro, 2009)
Estéril foi o travesseiro à cabeça decidida a não morrer nunca,
Mesmo assim houve o pássaro em fios tecidos na época sã.
Seria vil e vulnerável amar o pouco,
O escasso.
Gosto de ti assim
Calada, ausente
Me ouvindo de longe
Em silêncio…
Teus olhos cerrados
Vêem-me
E tua boca ansiosa
Se fecha num beijo.
Emerges do silêncio
Com alma
Libelinha de sonho
Meu amor…
Gosto de ti assim
Calada, ausente
Melancólica
Distante
Lá longe…
Como gosto de ti assim...
Permite a maturidade
desvencilhar-me dos traiçoeiros apelos deste mundo louco
e tornar-me iconoclasta pacifica desmascarando,
desfazendo idolos e crenças forjadas pelos estigmas infamantes
onde tradições, religiões e padrões marcaram meu mundo interno
com pesadelos aviltantes.
Por muito tempo, criança inocente , andei como penitente,
punindo-me ferozmente, julgando-me culpada,
marcada pelo pecado original,
imoral.
Pasmem, acabou a paz,
Aqui, ali, e em toda parte,
E isso, para muitos, tanto faz,
O importante é o poder, destarte.
A violência impera, solerte,
Nos quatro cantos deste mundo,
E o amor, aquele amor mais profundo,
Parece apenas observar, inerte.
É claro que o bem é muito forte,
E luta com suas armas pacíficas,
Tentando, em manobras idílicas,
Levar o mal à própria morte.
E a paz, pasmem!
Se coloca fugidia,
Se esconde,
Um dia após o outro dia,
Fase frágil,
Contráctil,
Inábil,
Do meu charme.
Tempo estático,
Apático,
Cáustico,
Do meu cerne.
Ego tétrico,
Decrépito,
Patético,
Em baixo astral.
Papo frígido,
Insípido,
Rígido,
Tão banal.
Oh! my God,
Que melancolia sazonal.