Escultura

Os olhos cheios de lágrimas
Calcificando o sentimento puro,
Da criança ao velho estúpido, e
Escultando rigidez por toda vida.
A obra ríspida para o público:
Apenas um homem comum.
A venda para inocentes,
Paga com ressentimentos.
Exposição aberta, peito fechado.
Segue-se o museu humano,
Uma espécie extinta por ódio,
Ignorada pela arte e altiva
Pela pequenez.

FADA MÁGICA

 

 

alada fada mágica

tua varinha de condão

Blom! Blom! Blom!     

tocou-me “ene” vezes

fada-mágica

tua mágica/instante

-maga

tua saga

tua surda/muda/cega

devoção

 

alada fada mágica

tua varinha de condão

Blom! Blom! Blom!

tocou-me “ene” vezes

fada-mágica

pois és sagrada e santa

-maga

e de teu encanto

ressoa o mantra

de um conto de fadas

 

Lugar medonho

Por momentos deixo de respirar

É no teu silêncio que me perco

Sei que não estou bem sozinho

E é no teu sorriso que desperto

Pois tanto que mudou

É sobre a tua falta que me imagino

Sei que nada foi em vão

Desde o passeio pelo mar

Até ao beijo que nos juntou

Ainda sinto o teu toque na minha mão

O suspiro pelos cantos do meu pescoço

Saibas o quanto me pesa o coração

Das vezes que o tive que puxar do fundo do poço

Nós é uma palavra que guardo com carinho

Onde o mundo parece ser um lugar medonho

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