Sonhos de amor (perdidos)
Autor: José Augusto Mo... on Tuesday, 5 October 2021
Sonhos de amor
Já não restam sonhos de amor,
Apagaram-se com as luzes da alegria
Sonhos de amor
Já não restam sonhos de amor,
Apagaram-se com as luzes da alegria
Quatro do dez de dois mil e vinte e um
as redes caíram,
o jovem não sabe se distrair.
Respira, toma refri, engole a ansiedade:
almoço tomado.
Vai pro Twitter reclamar da falta dos
seus comprimidos diários;
paciente à beira da crise está sem
psiquiatra, não quer nem tentar o
divã consigo mesmo.
a sensibilidade ilumina-nos o caminho quando a poética ordenação captura os obstáculos arrasados pela nossa robustez; e quando os relatos da nossa memória transitam para a alma prefigurando um edifício literário.
Triste dia de recordações
Hoje o dia amanheceu triste, como triste é o Céu,
O sol lá fora não brilha mais que uma vela triste
Nem sabor, nem cheiro, nem brilho, nem luz. Nada existe!
Do que possa Deus dizer que este dia é seu.
Já não sei se o tempo sabe o tempo em que me deixaste
Não importa se vives sozinho
Com família, amiga ou amigo
Não importa se bebes vinho
Se estás bem ou mal contigo
E não saias por aí a bater asa
Respeita dos outros a vontade
De ter saúde e vida de qualidade
Importa é que fiques em casa!
Não importa a idade que tens
Com quem ou para onde vais
Enviar ou não o poema,
será que devo deslumbrar
o findável sentimento
de soberba?
Sobrepujar minha arte
perante aos sonhadores,
mitigar minha tinta
sob os quadros do mundo?
Na vida já
a alma geme nas suas circunvoluções aziagas quando a hediondez urde versos que investem contra as muralhas da solidão; quando o céu plúmbeo e a treva desnaturada intrigam para construírem o edifício da poesia.
Os ombros dessa velhinha Onde ficaram sequelas Fazem-na triste e curvada, Com o peso que hoje suporta! Porque está então sozinha No parapeito da janela, Na varanda ou na sacada, Ou na soleira da porta? Animem essa velhinha! Por favor, vão ter com ela Abracem-na! Não digam nada, Mas façam-na sentir que importa!