COMO SE AMAM
Na promiscuidade dos corpos
As humidades deambulavam
As criaturas estavam loucas
Do frenesim em que se amavam
Encontros ancestrais do universo
Entre desejos já de tanto amar
A órbita estava do avesso
Eram a tempestade pura do mar
Jorravam as mãos ao sabor da poesia
Lentamente nas peles já salgadas
Pungente devoradora magia
Sobre amantes as línguas adocicadas
Aqui estou de novo,
com meus pensamentos
aquelas fantasias
...findam-se os dias mais frios, mais secos
vem logo, as flores, a vida ressurgir
Escrevi-te versos, rimas
poesias, não como uma tarefa,
Meu amor
O Inverno est´finalizando
O vento já não corta
A noite é mais quentye
Os pássaros estãoamais alegres
O Sol parece que cantarola raios dourados
A Natureza canta o Amor
E eu aqui na estrada vou pensando na minha amada.
A chamada fugiu,
Foi para a minha cabeça na balbúrdia sobre ti,
Não me chamas para o que sentes,
Por vezes temos que seguir os ventos
noutras uma mudança pode ser benéfica
para que possamos ter desafios
Tenho algumas certezas
meu caminho é longo, mas a melhora
é visívelmente minha vontade
Escrevi mais um pouco
sobre esta vida, tão passageira
tão plena existência
liberto-me dos preconceitos falidos quando transponho os meus abismos com uma nomenclatura que se esfralda desde o patamar da intimidade onde as minhas missivas deslizam pelos socalcos da poesia.