Acreditar!
Autor: Emanuel Mourão on Tuesday, 22 May 2018Num grito!
Meditar:
Ou sorrir?
Edito:
Acreditar!
Sem lágrimas:
Surgir!
Ou subir?
Sem mito!
Cantar:
Outro rito!
Sem alheias lástimas!
Num grito!
Meditar:
Ou sorrir?
Edito:
Acreditar!
Sem lágrimas:
Surgir!
Ou subir?
Sem mito!
Cantar:
Outro rito!
Sem alheias lástimas!
Cortante
Navalha
Sem sentimento
Sangrante
Sem sustento
Vil canalha
Nada hesitante
Dura o todo tempo
Marcante
Sem momento
Pouco cativante
Contratempo
De rompante!
Canalha
Num instante:
profundo
Como navalha
Sufocante
Todo o tempo
Como calha!
Por divertimento:
Como canalha!
Aniversário ou validade?
Tempo!
Validade ou aniversário?
Complicação!
Anos, horas:
Dias!
Maioridade:
Contratempo?
Sonho ou imaginário?
Alegrias!
Devoção:
Sem validade!
Todas as horas
<desde o nascimento:
Em cada aniversário!
O mesmo sentimento:
Amor!
Sem tempo:
O maior!
No coração.
Sem destino!
Como que desnorteado?
Largado!
Como menino:
Sem rotina!
Apenas ali sentado:
Escrevendo!
Sem outro tino!
Calado?
Na sua desrotina!
Assim, sendo!
Ou decrescendo?
Não haverão lágrimas choradas que significarão tudo, nem talvez todas, apenas ninguém?
Não chegarão todas as lástimas!
Haverão histórias imaginadas?
Lágrimas:
Choradas!
Que caminhos servem a outros também?
Significarão ondas serenas?
Tudo até pode parecer rimas:
Nem o mundo se fica pelas calçadas!
Talvez a um universo as palavras simples convém:
Todas as poesias acabarão ser cantadas?
Apenas!
Ninguém.
Não são lágrimas!
Tudo se resume a histórias choradas?
As ondas também!
Uma dor, uma inconstância,
sangue de coração, que brota em aflição,
que escarna, e fratura num congeminar,
que se perde e afunda, morrendo a caminhar.
Será este o trilhar, de um trilho após outro,
apenas sonhar,
será este o choro de alma,
que padece e carece num não sentido,
onde o fazer, é um tudo de nada perdido.
Quão belo era o traço do amor,
da linha que derretia, e prometia em esperança,
num eterna cor.
Terá derramado, secado,
terá num ter de tido, de perdido,
de presente sentido,
Será que vivemos, tentando livrar-nos da pura insatisfação como humanos?
Soa fácil, sorrir à toa, como é que será?
Acaso que caiu sobre mim, feito arraso em que...
Tosco andar, num chão também tosco e na mesma vivemos!
Isto de viver é como um contínuo misto, em que vamos tentando:
Satisfação seria não haver escuridão, dela livrar-nos!
Fatais, como estas palavras, nada mais, outro dia da...
Afasto o frio que no corpo arrasto, como a luz pura!
Poderá caber um ano inteiro numa poesia que até contenha o tempo?
Poderá ser um jardim?
Caber todo o mundo?
Um dia, monte ou sopé!
Inteiro:
Numa palavra começa, noutra conta-se num segundo:
Poesia?
Que me torna derradeiro:
Até!
Contenha o nada assim?
O amor verdadeiro?
Tempo!
Poderá caber o mundo?
Ou até um dia inteiro?
tenho essência de poesia:
com ela sou inteiro!
Meu contratempo?
Belo jardim!
o ano torna-se segundo:
DIFERENTE!
difere ter outra mente?
ente que fere apenas por ter:
ser diferente!
refere a vida em versos:
como que a entreter!
entre as linhas outros tantos universos:
numa forma de contravolteio!
caminhar como gente:
numa anomalia se deter?
ter mão nesse rodeio!
pensar simplesmente:
modos inversos?
Hoje é dia de memórias, flores, saudades mortas e muita terra,cinzas!
Hoje e sempre por linhas tortas,
É dia sem vaidades!
Dia de antigas lágrimas e passados horrores:
Memórias?
Flores que viraram histórias:
Saudades!
Mortas em dor que não se encerra,
E mesmo em pó ou cinzas:
Muita,
Terra,
Cinzas!
Hoje, sempre sem vaidades!
Linhas tortas:
saudades!
Dia dos nossos santos:
As flores já mortas!
Mas todos vivos nas histórias!
trocam-se as flores,