Caminhos de Órion
Autor: Fabio R. Villela on Sunday, 12 January 2014Que sejam serenos
os sonhos que te navegarem
Que sejam serenos
os sonhos que te navegarem
Nenhuma palavra que te diga,
vai parecer novidade,
nenhum verbo que te conjugue,
vai soar a originalidade...
mas mesmo assim eu sigo,
usando o que não inventei,
para tentar falar-te de Amor
do jeito que só eu sei...
Insisto eu em escrever-te,
linhas que me foram emprestadas,
pelas almas de outros amores,
por outras bocas beijadas...
Meu caro Vinicius
De repente, não mais que de repente...
Vinicius de Moraes
É meu caro Vinicius,
Estavas certo na prédica
De o de repente desatinar
De perder-se de seu amar
Na mais bela forma poética.
É meu caro Vinicius,
Esse seu de repente tortura
Vem sempre ao revés
De um chorar do através
Momento póstumo, amargura.
É meu caro Vinicius,
Seu vaticinar estava correto,
Pois se fez “da amiga”, distante
O Amor rói-me por dentro,
Corrompe-me a seriedade.
Dou por mim obsessivo
E um tanto compulsivo,
Embeiçado em tal simplicidade
Que perco a noção da realidade.
Mas calo-me.
Calo-me e não me revelo.
Guardo todos esses segredos para mim,
Esperando, estupidamente, o outro alguém.
Aguardando que esse alguém tome a iniciativa
Que eu nunca sou capaz de tomar.
E não é por falta de sentimento que não o faço,
Isso é certo!
Vem do nada,
Uma conversa mais complexa pode mudar tanta coisa,
Ou uma unica palavra.
Muda o que sentes,
(De repente) Como uma tempestade tropical.
Mas prefiro climas certos e quentes.
Convido-a para sair,
Enquanto dorme o mundo,